O PSD acredita que há condições para que esta Assembleia Legislativa lance para a mesa a Revisão Constitucional que promova a autonomia legislativa e executiva que a Madeira precisa para os tempos futuros. Cláudia Perestrelo, deputada eleita a 23 de Março deixou esse desafio aos restantes partidos no parlamento regional para que esse trabalho seja feito não só aqui, como na Assembleia da República, junto das estruturas nacionais.

No discurso dos 51 anos do 25 de Abril, começou por dar graças à determinação de muitos, como Carlos Matos Gomes, capitão de Abril falecido recentemente, que fizeram com que o 25 de Abril nos desse a democracia, amadurecida a 25 de Novembro, notou ainda. Foi esta luta que nos permitiu estar aqui, recordando que foi Portugal que inspirou o mundo e as revoluções por outras paragens.

Contudo, frisou, atendendo ao actual momento que vivemos, ao falar de liberdade se fale do Papa Francisco, que era um homem visionário, um defensor da paz, cuja humildade e dedicação ao próximo devemos honrar. Por isso, Cláudia Perestrelo perante a Autonomia reconhecida em 1976 com a sua consagração na Constituição, ainda assim não está completa, por ilhas adjacentes votadas ao esquecimento pelos senhores do continente, acredita que os eleitos são os guardiões do povo para a concretização das suas legítimas expectativas.

"Por tudo isto, 51 anos depois, neste parlamento e na actual legislatura, somos chamados a ser os guardiões da democracia. Uma democracia melhorada e revigorada, que não se contente em sobreviver, mas que se empenhe em ser cada vez melhor, mais próxima e mais representativa", defendeu. Por todos os que conseguiram e puderam criar esta terra mágica, madeirenses que souberam construir o seu caminho, aproveitando os efeitos que a democracia trouxe, apesar de conquistados os atrasos de séculos nas últimas décadas, "desengane-se quem pensa que isto é o fim, é um processo em andamento, a bem da dignidade do povo".

Pediu, por isso, a necessidade de trabalho parlamentar com afinco como a melhor forma de continuar a honrar abril e os que lutaram pela Madeira, identificando a abstenção, o populismo, a desinformação como inimigos da democracia, desafios que não podemos ignorar. É imperativo continuarmos a lutar por mais autonomia, alterações constitucionais e do estatuto político administrativo, mais do que necessária para adaptar aos novos tempos. Esse processo de revisão que deve promover a autonomia legislatvia e executiva, que os partidos na Região devem insistir com os partidos nacionais a dar força, em defesa da autonomia com elevação e afinco.