“Não é um assunto agradável”. José Ribeiro e Castro não quer alongar-se na polémica que envolve o Primeiro-Ministro, preferindo esperar pela declaração que está prevista para as oito da noite. Prefere alinhar-se apenas com o governo na tese da cabala: “É possível que seja assim, o governo é sempre um vértice de grandes tensões econômicas e políticas”, mas também defende explicações por parte de Luís Montenegro.

Presidenciais: Há uma grande hostilidade ao Almirante

Na mesma semana em que Assunção Cristas esteve na SIC Notícias para alimentar uma possível candidatura presidencial de Paulo Portas, Ribeiro e Castro vai em sentido contrário: “Se a Assunção quisesse podia-se candidatar, falar sobre outros não me parece muito elegante”. Os atritos com Portas não são novos, Ribeiro e Castro faz as contas e deixa a alfinetada: “Eu apoiei Paulo Portas várias vezes, o inverso é que não é verdadeiro”, dando a entender que este não é o momento para essa candidatura: “Portas teve uma oportunidade de ouro para estrear uma carreira presidencial em 2001, mas afastou-se. Foi fazer uma corrida errada à Câmara de Lisboa”.

Sobre para quem está a guardar o seu voto, prefere não desfazer o tabu: Sobre Portas diz não ser essa a prioridade agora, sobre Gouveia e Melo não recusa, diz apenas que quer manter a sua independência, ao mesmo tempo que desdramatiza o cenário do regresso de um militar a Belém: “Um militar não é um sectário, não é um matumbo, não é uma pessoa tacanha, mas pode desempenhar funções patrióticas e ser uma referência de primeira grandeza”.

Expresso

Entre todos os factos que nos passam pelas mãos, os factos políticos são os nossos favoritos. Com o jornalista Diogo Teixeira Pereira, vamos tentar descobri-los nas entrelinhas dos discursos e nas conversas com os protagonistas da semana política. No final, fazemos uma previsão da meteorologia política para os dias seguintes que, se tudo correr como o previsto, vai falhar quase sempre. Facto Político, todos os sábados na SIC Notícias e em podcast.