
O Banco de Portugal (BdP) vai lançar um novo sistema de verificação de beneficiários para pagamentos. Os clientes passam a conseguir verificar e identificar a entidade à qual fazem a os pagamentos. O novo sistema fica disponível a partir de 19 de maio.
O serviço vai ser semelhante àquele que foi implementado em maio passado, que identifica o nome do primeiro titular da conta associada ao IBAN indicado como forma de evitar fraudes e burlas. O objetivo, segundo o BdP, é evitar fraudes nos pagamentos de alegadas faturas em atraso.
O que muda
A solução do Banco de Portugal foi, a par da do Banco da Letónia, selecionada pelo Banco Central Europeu (BCE) como uma das oferecidas pelos bancos centrais do Eurosistema para cumprir o regulamento europeu que entra a vigor em 09 de outubro deste ano e que permitirá identificar destinatários em transferências bancárias.
Os prestadores de pagamentos poderão, então, adotar uma das soluções destes dois bancos, ou uma fornecida por elementos do setor privado.
Ao contrário do que acontece com o sistema de confirmação de destinatário em Portugal, em que surge o nome do primeiro titular de uma conta bancária, neste sistema vai ser necessário colocar o nome do destinatário.
Como vai funcionar
O nome do destinatário será, então, comparado com o nome do titular da conta através de um algoritmo de correspondência, medindo-se a semelhança entre os dois.
Com a aplicação deste regulamento, ao inserir o nome, o autor da transferência será informado se a correspondência é exata, se é aproximada, ou se não existe de todo.
Também as transferências bancárias para contas em países europeus vão passar a ter, a partir de 9 de outubro, uma verificação de beneficiário.
Descidas de 78% no número de casos de fraude
Segundo o regulador, entre 20 de maio do ano passado e 05 de março deste ano foram realizadas 112 milhões de consultas de confirmação de beneficiário de transferências.
Os dados do BdP registam ainda, entre maio e agosto do ano passado, descidas de 78% no número de casos de fraude e de 61% do valor das transferências em casos de fraude.
Já o montante da fraude por manipulação de destinatário passou de uma média mensal de 766 mil euros entre janeiro e maio, para 441 mil euros entre junho e agosto.
- Com Lusa