Voltou a não haver acordo entre Governo e sindicatos da administração pública. A proposta do Executivo continua a ser de uma atualização de 2,1% para 2025 e 2026, valores que os sindicatos dizem ser insuficientes.
O grupo da Frente Sindical, liderado pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, foi o primeiro a ser recebido pela tutela, esta terça-feira.
Helena Rodrigues, dirigente deste sindicato, adiantou logo que não tinha existido acordo.
“Acreditamos que o Governo pode e deve melhorar a proposta que tem em cima da mesa”, defendeu , referindo que foi pedida uma nova reunião.
O sindicato quer ver melhorada, por exemplo, a proposta de atualização dos salários. OExecutivo tinha proposto um aumento de 55,26 euros ou um mínimo de 2,1% para 2025 e 2026, não tendo mexido nesses valores.
“A evolução foi nenhuma”
Os números apresentados pelo Governo são claramente insuficientes para os sindicatos, com a Frente Comum a pedir um aumento de 15%.
“À data de hoje, o que o Governo tem para dar aos trabalhadores é zero”, criticou Sebastião Santana, da Frente do Comum. “A evolução que houve foi nenhuma.”
Já a Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), a última organização sindical a ser recebida, até baixou para metade - 3,5% - a proposta apresentada ao Governo, mas o Executivo ainda ficou muito aquém.
“Avançou poucochinho: 2,3% em 2028 não dá”, declaro u José Abraão, da FESAP.
O sindicato, afeto à UGT, acredita, ainda assim, que será possível chegar a um consenso. No outro extremo está a Frente Comum, que deixa um aviso: “Paz social vai ser muito difícil”.
Uma nova reunião suplementar ficou marcada para dia 4 de novembro.
[Notícia atualizada às 13h45]