
O secretário da Defesa dos Estados Unidos da América está uma vez mais envolvido numa polémica de fuga de informação. Em março, terá partilhado os planos norte-americanos de um ataque no Iémen num grupo com um jornalista. Agora, vários meios de comunicação dos EUA revelam que Pete Hegseth também partilhou os detalhes do ataque contra os Houthis num grupo de mensagens no Signal, que incluía a mulher, o irmão e o advogado.
O antigo apresentador da Fox News já estava a ser alvo de uma investigação interna do Pentágono, depois de ter partilhado informações confidenciais na plataforma de mensagens Signal, a 15 de março, num grupo com um jornalista, que terá sido convidado por engano.
Segundo o New York Times, no mesmo dia, Pete Hegseth também terá partilhado os mesmos detalhes do ataque, como datas, horários e pormenores confidenciais, com um grupo onde estava a mulher, o irmão, o advogado, "assim como cerca de 10 pessoas do seu círculo pessoal e profissional".
O grupo foi criado por Pete Hegseth dias antes da tomada de posse como secretário da defesa, em janeiro, para discutir questões administrativas, mas terá continuado a ser usado mesmo depois.
A mulher de Hegseth, jornalista e ex-produtora do canal Fox News, terá também participado numa série de reuniões sensíveis com militares estrangeiros.
Segundo o jornal, autoridades do Pentágono já tinham alertado o secretário da Defesa para não discutir informações sobre os ataques no Iémen no Signal, um serviço de mensagens criptografadas, considerado menos seguro do que os canais oficiais normalmente usados para dados confidenciais.
Na reação, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, acusou o New York Times de ser um "meio [de comunicação] que odeia Trump".
É o segundo incidente a envolver fugas de informação no Pentágono, no espaço de um mês.
No final de março, um jornalista da revista "The Atlantic" foi adicionado a um grupo de mensagens que incluía vários membros da administração Trump e onde eram discutidos planos de ataques no Iémen.