O Sindicato de Hotelaria da Madeira revelou, há instantes, avanços significativos nas conversações com a Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) para a actualização salarial dos trabalhadores do sector.

Apesar de ainda não ter ocorrido uma reunião formal, Adolfo Freitas, dirigente sindical, confirmou que houve durante, esta tarde, existiram contactos telefónicos entre as partes e que já existe uma nova proposta em cima da mesa, que será levada a plenário na próxima segunda-feira.

"É uma proposta muito melhor do que a anterior. Estamos a falar de um aumento de 5,1%, abrangendo todas as categorias — do grupo 1 ao grupo 4, incluindo todos os níveis, até ao nível zero", afirmou ao DIÁRIO, explicando que na prática, o aumento representa uma subida de 65 euros mensais para todos os trabalhadores abrangidos pelo acordo, incluindo as componentes de diuturnidades, subsídio de alimentação e falhas.

De acordo com o responsável, a proposta prevê ainda que o valor da actualização salarial seja aplicado, de forma transversal, a todos os trabalhadores da hotelaria em 2025.

Apesar do avanço, o sindicato mantém uma postura crítica. "Não, nós não estamos satisfeitos. Queríamos muito mais. O sector da hotelaria é o principal motor da economia da Madeira", disse Freitas, esclarecendo que a proposta inicial do sindicato rondava os 75 euros, enquanto a ACIF propôs inicialmente 53 euros. O entendimento agora alcançado representa, segundo o dirigente, "um meio caminho".

Actualmente, estima-se que entre 4.000 e 4.500 trabalhadores tenham vínculo directo com unidades hoteleiras na Madeira. Porém, Adolfo Freitas alertou ainda para a distinção entre estes profissionais e os que actuam no sector por via de empresas de outsourcing, cujos vínculos contratuais não estão abrangidos por este acordo.