“Trata-se da demonstração cabal da atitude correta do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) de tudo fazer para se atingir um acordo, tendo assinado um protocolo negocial e, após duras negociações, ter conseguido melhorar os salários e as condições de trabalho dos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, pode ler-se no comunicado do sindicato.

O acordo subscrito pelo SIM “não é o ideal, também não é o fim do caminho, mas sim um novo ponto de partida”, acrescenta na nota à imprensa. A estrutura sindical realça o facto de não ter entrado “em bloqueios tacticistas do processo negocial”, bloqueios que, no seu entender, “nos fariam perder uma janela de oportunidade única e que nos levariam, inevitavelmente, a ser arrastados para o combate político das eleições que se avizinham”.

O SIM considera que, apesar deste passo, ainda há “muito trabalho” a fazer para melhorar as condições remuneratórias e laborais dos médicos. “Fá-lo-emos, a todo o tempo, com diligência e responsabilidade”, assegura. “Foram dirigidas múltiplas acusações ao SIM à custa das negociações e respetivo acordo, inclusive com ataques de caráter. A isso respondemos com flexibilidade, capacidade negocial e sentido de responsabilidade”, continua.

O sindicato diz que prefere não se “acantonar em inexpugnáveis redutos político-ideológicos”. “ Já basta a crise política e a instabilidade que o país atravessa, péssimas para combater as debilidades do SNS, e que, claro, complicam qualquer acordo e processo negocial.”

Para o SIM, “o sindicalismo implica, acima de tudo, uma postura independente, realista e de responsabilidade social”. “Continuaremos, como sempre estivemos, disponíveis para a construção de um melhor SNS, certos de que tal só será possível com mais médicos e melhores condições de trabalho”, conclui.

MJG

Notícia relacionada

FNAM diz que foi convocada no domingo de madrugada pelo Governo para negociações