O Tribunal da Relação de Lisboa reduziu para seis anos de prisão a pena de Clóvis Abreu, condenado a 14 anos de prisão no caso da morte do polícia Fábio Guerra, absolvendo-o do crime de homicídio qualificado.

A mãe do agente da PSP partilhou nas redes sociais a revolta pela absolvição de Clóvis Abreu pela morte do filho, descrevendo a decisão como "injusta e revoltante".

"Só me apetece gritar. Uma decisão injusta e revoltante. Onde para a Justiça no nosso país?", escreveu Elsa Guerra, n a rede social Facebook.

A mãe de Fábio Guerra referiu ainda que Clóvis Abreu "saiu feliz" do local onde o filho foi brutalmente agredido.

"É um assassino como os outros. Andou fugido à Justiça porquê? Porque era inocente? Sou o 'Rei do Montijo' diz alguma coisa? Sair feliz da vida do local onde o Fábio foi agredido não significa nada? Pois ele está vivo e o meu filho não está", prosseguiu.

Três anos após a fatídica noite em Alcântara

Fábio Guerra, 26 anos, morreu a 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço.

O acórdão de novembro de 2024 do Juízo Central Criminal de Lisboa foi proferido depois de este tribunal já ter condenado, em junho de 2023, os ex-fuzileiros Vadym Hrynko e Cláudio Coimbra a 17 e 20 anos de prisão, respetivamente, pela morte do agente da Polícia de Segurança Pública.

Clóvis Abreu, o terceiro suspeito da morte do polícia Fábio Guerra, tinha sido condenado em novembro de 2024 a 14 anos de prisão por homicídio, por duas tentativas de homicídio e por dois crimes de ofensa à integridade física.

Clóvis Abreu esteve mais de um ano fugido à Justiça e só se apresentou às autoridades em setembro do ano passado, ficando em prisão preventiva.

A defesa do arguido contestou que este estivesse fugido às autoridades, atribuindo ao Ministério Público a responsabilidade por ter demorado quase um ano para notificar Clóvis Abreu.

Com LUSA