
O XVI Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, toma hoje posse perante a Assembleia Legislativa do arquipélago, no salão nobre do parlamento, no Funchal.
O novo Governo Regional, para o período 2025-2029, decorre das eleições antecipadas de 23 de março, que o PSD venceu, e é composto por oito secretarias regionais, mais uma do que o anterior, tendo sido reconduzidos dois dos titulares, e inclui duas mulheres.
Miguel Albuquerque, que foi indigitado presidente do XV Governo da Madeira pelo representante da República, Ireneu Barreto, em 28 de março, decidiu manter em função o titular com as pastas da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, bem como o secretário do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, que agora fica sem a pasta da Economia, mas assume a do Ambiente.
O novo executivo conta com Duarte Freitas como secretário regional das Finanças, Micaela Freitas na Saúde e Proteção Civil, Nuno Maciel na Agricultura e Pescas, Paula Margarido na Inclusão, Trabalho e Juventude, e Pedro Rodrigues na Secretaria de Equipamentos e Infraestruturas.
A pasta da Economia fica a cargo do líder do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, que foi presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 2019.
O XVI Governo Regional da Madeira é o quinto presidido pelo social-democrata Miguel Albuquerque, que ocupa o cargo de desde 2015, ano em que substituiu o histórico Alberto João Jardim, que chefiava o executivo insular desde 1978.
Hoje, também é notícia:
CULTURA
A Casa da Música assinala hoje o dia em que cumpre 20 anos da abertura oficial, com concertos gratuitos, espalhados pelo Porto, do Bolhão à Reitoria da Universidade, de estações de metro ao Hospital de S. João.
O arranque dos "Flash Concerts" é dado às 10:00, no átrio da bilheteira da Casa da Música, com a atuação de um quarteto de cordas que, mais tarde, às 11:30, irá tocar para utentes da ala pediátrica do Hospital de São João e, uma hora depois, para os funcionários do hospital. No Mercado do Bolhão, um quarteto de metais apresenta-se às 12:00, às 12:25 e às 12:50. Na estação de metro da Trindade, um quarteto vocal vai atuar pelas 17:00, 17:25 e 17:45, enquanto na estação da Casa da Música estará a banda COMBi, às 18:00. Às 18:30, o projeto de música digital Digitópia atua na Reitoria da Universidade do Porto.
Na Casa da Música realizam-se as sessões "Do Gesto se Faz Som - A Criar Som pela Casa Fora", para crianças dos 6 aos 8 anos, que exploram "valências e diferentes equipamentos" da Casa. E à noite a Orquestra Barroca, sob a direção de Laurence Cummings, interpretará o "Stabat Mater", de Pergolesi.
A construção da Casa da Música, com projeto do arquiteto Rem Koolhaas, iniciou-se em 1999 e a inauguração oficial ocorreu em 15 de abril de 2005.
Ao longo de 20 anos, a Casa da Música realizou mais de seis mil concertos e acolheu 3,8 milhões de espetadores e participantes, tendo encomendado mais de 300 obras musicais. Nestas duas décadas, a Casa da Música desenvolveu mais 26 mil atividades, trabalhou com mil grupos comunitários e realizou 35 mil visitas guiadas para um total de 570 mil visitantes.
ECONOMIA
Os acionistas do grupo automóvel Stellantis, votam hoje, em assembleia-geral, as contas anuais de 2024, bem como os dividendos e as remunerações dos órgãos sociais, incluindo o controverso pacote pelo afastamento do ex-CEO Carlos Tavares.
A Stellantis, que agrupa 14 marcas na Europa e na América, como Fiat, Citroen, Peugeot, Opel, Chrysler e Jeep, obteve lucros de 5.520 milhões de euros em 2024, que comparam com 18.625 milhões de euros no ano anterior.
Os resultados abaixo do esperado ao longo do ano culminaram com a saída de Carlos Tavares do cargo de presidente executivo (CEO) do grupo, em choque com os acionistas.
O relatório sobre a remuneração referente a 2024 estima o pagamento de um pacote salarial de 23,1 milhões de euros ao gestor português, algo que tem sido criticado por alguns acionistas.
Apesar de abaixo do recebido no referente aos exercícios de 2023 (36,5 milhões de euros) e 2022 (23,5 milhões de euros), a AllianzGI já disse que irá votar contra o relatório nesta assembleia-geral anual.
Desde a saída de Carlos Tavares, em 01 de dezembro, que a Stellantis não tem CEO, embora o processo de seleção esteja, segundo o grupo, "bem encaminhado" e deva estar concluído ainda no primeiro semestre deste ano.
LUSOFONIA, ÁFRICA & COMUNIDADES
Uma conferência internacional sobre o Sudão realiza-se hoje em Londres, durante a qual o Governo britânico vai anunciar a criação de um fundo de ajuda ao país africano afetado por um conflito armado há dois anos.
Coanfitrião, juntamente com a União Africana, União Europeia, França e Alemanha, o Reino Unido reservou 120 milhões de libras (140 milhões de euros) nos próximos 12 meses para financiar bens alimentares.
A conferência de um dia junta ministros dos Negócios Estrangeiros e representantes de organizações humanitárias para debater como encontrar uma solução política a longo prazo e facilitar o envio de ajuda à população civil devido ao risco crescente de fome.
Além dos países e entidades organizadoras, também vão participar o Canadá, Chade, Egito, Etiópia, Quénia, Arábia Saudita, Noruega, Qatar, Sudão do Sul, Suíça, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Uganda e os Estados Unidos da América, juntamente com representantes da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, da Liga dos Estados Árabes e das Nações Unidas.
PAÍS
O concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, da responsabilidade do Metropolitano de Lisboa, é relançado hoje, contemplando um valor de 600 milhões de euros.
No primeiro concurso para a Linha Violeta, no ano passado, as propostas apresentadas pela Zagope e pelo consórcio da Mota-Engil foram excluídas por excederem o preço base, que era de 450 milhões de euros.
Contudo, já em março deste ano, o Conselho de Ministros aprovou uma proposta que permite o reforço do financiamento da Linha Violeta em 150 milhões de euros ao custo total do investimento, permitindo o aumento de cerca de 28% do valor da empreitada, num valor base de 600 milhões de euros.
O financiamento da Linha Violeta do Metro de Lisboa, anteriormente previsto com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, vai passar pelo Banco Europeu do Investimento, Orçamento do Estado e Fundo Ambiental.
A Linha Violeta, com 11,5 km de extensão, contempla 17 estações: nove no concelho de Loures (que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 km) e oito no concelho de Odivelas (para servir as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças), numa extensão total de cerca de 5,1 km. As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.
SOCIEDADE
O primeiro Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) gerido por uma associação nepalesa, abre hoje ao público no Martim Moniz, um projeto de integração que a associação quer abrir a todos.
"Estamos à espera de ajudar o maior número de nepaleses e sul-asiáticos, mas também qualquer pessoa que nos procure", afirmou à Lusa o presidente da associação Nialp, Kamal Bhattarai.
A comunidade de habitantes do Nepal, Índia e Bangladesh é estimada em mais de 200 mil pessoas e Kamal Bhattarai reconhece que a língua é o principal desafio.
A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) refere, em comunicado, que a escolha da Nialp se deve ao trabalho feito pela associação.
"A abertura do primeiro CLAIM no Martim Moniz, zona conhecida pela multiculturalidade, e em parceria, pela primeira vez, com uma associação de integração de imigrantes nepaleses na sociedade portuguesa, é o reflexo do trabalho desenvolvido pela AIMA na promoção da integração de todos migrantes que escolheram o país para viver", refere a organização em comunicado.
Este CLAIM "vai prestar um serviço gratuito com funções de acolhimento, informação e apoio a cidadãos migrantes, incluindo imigrantes e requerentes de proteção internacional", acrescenta ainda a agência.