O Tribunal de Contas (TdC) concedeu visto ao contrato do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) com a empresa Avincis para o fornecimento de helicópteros de emergência, mas deixou recados à tutela para atribuir as verbas necessárias.
Segundo a decisão divulgada, nesta terça-feira, o contrato de 12 milhões de euros estabelecido por ajuste direto e com a validade de um ano, mereceu o aval do TdC, que ilibou o INEM de responsabilidades neste processo, visando o Ministério da Saúde para assegurar no futuro as condições financeiras necessárias ao INEM para abrir um concurso com o preço em linha com os valores que são praticados no mercado.
"Adverte-se a tutela que, se não o fizer, está, de forma indireta, a violar, ilegalmente, o princípio da concorrência, princípio esse que é estruturante da contratação pública e da tutela do interesse financeiro do Estado", pode ler-se na decisão do TdC, que foi também comunicada ao gabinete da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
O INEM e o Ministério da Saúde entraram em choque devido a este tema no final de junho. O instituto acusou a tutela de negligência na questão da contratação do serviço dos helicópteros e o seu presidente, Luís Meira, apresentou então a demissão por "quebra de confiança".
O Governo indicou no início de julho o médico Vítor Almeida para liderar o INEM, mas o especialista em emergência saiu ao fim de uma semana. Para o seu lugar foi então nomeado Sérgio Dias Janeiro, que dirigia o serviço de medicina interna do Hospital das Forças Armadas.
- Com Lusa