Passaram-se dois meses desde que a construtora de aviões norte-americana Boeing transportou, pela primeira vez, astronautas para a Estação Espacial Internacional (EEI), a bordo da sua nave Starliner. Uma missão espacial que deveria durar pouco mais de uma semana, prolonga-se há pelo menos 60 dias.
A bordo da cápsula continuam os dois astronautas Butch Wilmore e Suni Williams. O seu regresso já foi adiado inúmeras vezes depois de terem sido detetados vários problemas no funcionamento da Starliner.
A Boeing continua sem apresentar uma previsão para o regresso da tripulação mas diz estar confiante de que tal será possível realizar em breve.
" A Boeing continua confiante na nave espacial Starliner e na sua capacidade de fazer regressar em segurança a tripulação", disse a empresa norte-americana em comunicado.
Segundo o The Washington Post, a estadia dos astronautas norte-americanos pode vir a ser prolongada até fevereiro do próximo ano. Cerca de nove meses após terem deixado o planeta Terra.
Problemas na Starliner levam NASA a adiar missão da SpaceX
À medida que os dias passam, crescem também os rumores sobre a falta de segurança dentro da Boeing. Esta semana, a NASA foi obrigada a adiar o lançamento de uma missão em parceria com a SpaceX de Elon Musk. Esta tinha como destino final a Estação Espacial Internacional (EEI), o mesmo local onde continua atracada a Starliner.
A missão espacial tinha como objetivo transportar quatro astronautas na nave espacial Crew Dragon, no próximo dia 18 de agosto. Prevê-se agora que o seu lançamento aconteça, no máximo, até 24 de setembro.
A Boeing e a NASA continuam a trabalhar para resolver os problemas na Starliner mas ainda sem uma solução à vista.
"Nenhuma decisão foi tomada sobre o retorno da Starliner", disse a NASA num comunicado.
Um passado marcado por polémicas e acidentes (graves)
Nos últimos anos, a empresa norte-americana tem estado envolvida em várias polémicas. A mais recente remete para o início deste ano, quando o avião Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines perdeu uma porta em pleno voo.
Em 2018, o Boeing 737 MAX despenhou-se no mar e provocou a morte de quase 200 passageiros que estavam a bordo. Um ano depois despenhou-se o Boeing 737 MAX 8 matando mais de 150 pessoas.
[Última atualização às 00:43]