Em causa estão pagamentos à ex-atriz de filmes para adultos Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels.
"Este ataque político ilegítimo não é mais do que uma farsa manipulada. O juiz 'interino' Merchan, que é um partidário radical, acaba de emitir outra ordem que é deliberadamente ilegal, vai contra a nossa Constituição e, se for permitido que se mantenha, será o fim da Presidência tal como a conhecemos", escreveu na sexta-feira Trump na rede social Truth Social.
"Merchan tem tão pouco respeito pela Constituição que mantém em vigor uma ordem de censura ilegal contra mim, seu presidente e presidente eleito, apenas para não expor os conflitos inqualificáveis e ilegais dele e da sua família", acrescentou Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro.
O juiz Juan Merchan determinou na sexta-feira que o presidente eleito tem de comparecer em tribunal no dia 10 de janeiro, para ouvir a sentença relativa ao caso de alegado suborno.
A decisão de Merchan acaba com dois meses de especulações e manobras entre os advogados de Trump e a Justiça dos EUA, depois de o magnata ter vencido as eleições presidenciais em novembro último.
Em abril, Trump foi condenado em 34 acusações, quando ainda nem sequer era candidato confirmado à Casa Branca.
O juiz responsabilizou-o de falsificação de documentos, para ocultar um pagamento de 130 mil dólares (126 mil euros) a Stormy Daniels, para que esta não falasse de uma suposta relação extramatrimonial entre os dois.
O Supremo Tribunal entende que os ex-presidentes têm imunidade em relação a atos oficiais. A defesa de Trump argumentou que este entendimento significava que a condenação deveria ser anulada. Mas Merchan contrapôs que a imunidade não se aplica a este caso.
A condenação de Trump implica a possibilidade de uma sentença de até quatro anos de prisão, os quais, contudo, podem ser substituídos por alternativas, que vão da liberdade condicional ao pagamento de multas.
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