Gilles Fagninou, que chegou ao arquipélago na terça-feira, esteve hoje reunido com o ministro dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe, com quem disse ter discutido "o estado da cooperação" entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Governo do arquipélago.

"Felicitei-o pelos resultados e pelo desempenho do Governo nos indicadores essenciais relativos às crianças, mas, ao mesmo tempo, falámos sobre o que pode ser feito para que estes resultados durem no tempo", disse Gilles Fagninou no final do encontro, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, na capital são-tomense.

O representante do Unicef referiu que "a situação das crianças em São Tomé é boa, mas há algumas dificuldades" que, em conjunto, poderão ser ultrapassadas.

"Há, por exemplo, dificuldades na área da violência sobre as crianças. Temos também [algumas dificuldades] na educação, na qualidade da educação. É verdade que existem crianças fora da escola, mas foram feitos esforços substanciais para que estas frequentem a escola", apontou.

No entanto, sublinhou que, na área da saúde, relativamente à vacinação, "o desempenho governamental é bom" e disse que vai falar com a ministra da Saúde para apontar formas de "garantir que estes resultados durem no tempo".

No mês passado, esta agência da ONU havia felicitado São Tomé e Príncipe, com entrega de um certificado que destaca o arquipélago como o país africano que regista a mais alta taxa de cobertura vacinal desde o ano 2004, com mais de 90% das crianças vacinadas.

Segundo Gilles Fagninou, o programa de cooperação entre o Unicef e São Tomé e Príncipe (2023-2027) vai ser submetido a análise dentro de pouco tempo, admitindo "ajustes para que se possa tomar decisões e orientações futuras", de acordo com as prioridades do Governo são-tomense.

A visita do diretor Regional do Unicef para a África Central e Ocidental termina na sexta-feira e inclui uma deslocação à Região Autónoma do Príncipe.

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