O presidente do Chega comparou hoje a situação do líder do PS, alvo de averiguação prévia pelo Ministério Público sobre a compra de casas, à do primeiro-ministro, enquanto o secretário-geral do PCP defendeu uma investigação rápida.

André Ventura e Paulo Raimundo assumiram estas posições no início de um debate na CNN Portugal em período de pré-campanha para as legislativas antecipadas de 18 de maio.

Interrogado sobre a averiguação prévia do Ministério Público sobre a compra de casas do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, hoje noticiada, o presidente do Chega respondeu que desconhecia o caso "em detalhe", mas comentou que acha estranho ver "políticos a comprar casas de qualquer maneira como se o dinheiro jorrasse das fontes".

"Nós não podemos é ter políticos que chegam a Lisboa sem nada e de repente saem de Lisboa com tudo. Não estou a dizer que é o caso de Pedro Nuno Santos ou de Luís Montenegro, estou a dizer que é preciso dar explicações", disse, comparando as situações do secretário-geral do PS e do primeiro-ministro.

Segundo André Ventura, este "é mais um caso que vai marcar a campanha eleitoral negativamente" e "Pedro Nuno Santos não pode dar menos explicações do que as que exigiu a Luís Montenegro", que acusou de se limitar a "fingir que dá esclarecimentos".

Por sua vez, o secretário-geral do PCP defendeu que "tem de se investigar até ao fim o mais depressa possível" este caso, para que "estes climas de suspeição passem rapidamente".

"Não nego a importância deste caso, como outros casos, mas também não quero que o debate político se centre nestas questões", acrescentou Paulo Raimundo.

Em conferência de imprensa, hoje, em Lisboa, na sequência da notícia de que era alvo de averiguação prévia pelo Ministério Público, o secretário-geral do PS afirmou que não teme o escrutínio, prestou informações sobre as compras dos dois imóveis em causa e prometeu tornar pública toda a documentação na quinta-feira.