O grupo Vodafone anunciou esta quinta-feira que realizou a primeira videochamada móvel espacial do mundo, a partir de uma zona remota e sem cobertura, recorrendo a 'smartphones' 4G/5G normais e a satélites.
De acordo com a operadora de telecomunicações, esta "é a única tecnologia de satélite do seu género a nível mundial criada para oferecer uma experiência completa de banda larga móvel (fazer e receber videochamadas, aceder à Internet e utilizar serviços de mensagens 'online'), abrindo caminho à conectividade digital universal e à eliminação das lacunas de cobertura móvel, nomeadamente em zonas remotas".
Segundo a empresa, com a extensão da rede terrestre, e tendo o satélite como tecnologia complementar, "os sinais do 'smartphone' 4G/5G de um utilizador são enviados através dos satélites BlueBird (da AST SpaceMobile, parceiro da Vodafone) para um novo 'gateway' espaço-terra da Vodafone, que recebe e canaliza todos os sinais de e para a rede terrestre".
Assim, passa a ser possível usar 'smartphones' convencionais "para alternar automaticamente entre as redes espaciais e terrestres, sem necessidade de uma antena especial, de um terminal ou de um telefone por satélite dispendioso, e complementando a avançada rede 5G da Vodafone na Europa".
Novidade pode chegar ao mercado ainda este ano
A primeira videochamada espacial foi realizada a partir de uma remota localização montanhosa no País de Gales, entre Rowan Chesmer, engenheiro da Vodafone, e Margherita Della Valle, presidente executiva (CEO) da Vodafone.
A empresa adianta que "cinco satélites AST SpaceMobile operando a partir da órbita terrestre baixa (Bluebird 1 -- 5) permitem hoje à Vodafone testar a conetividade de banda larga móvel diretamente para os smartphones existentes, com velocidades máximas de transmissão de dados até 120 Mbps".
Depois de concluídos os testes nesta primavera, "a Vodafone pretende introduzir progressivamente o serviço de banda larga via satélite direto ao 'smartphone' nos mercados europeus ainda este ano e 2026, colmatando as últimas lacunas de cobertura".