"Precisamos de liderança estável", afirmou Walz, defendendo que a candidata presidencial democrata Kamala Harris garante essa estabilidade numa altura em que o conflito no Médio Oriente está a agudizar-se. 

Walz disse que Israel tem o direito a defender-se e que a escalada com o Irão tem origem não só no ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a 07 de outubro de 2023, mas também nas decisões da administração de Trump, que provocou a rutura do acordo de não-proliferação nuclear com o Irão. 

"O mundo viu um Trump de quase 80 anos a falar do tamanho das multidões", apontou Walz, referindo-se ao debate presidencial de setembro.

"Os seus dois secretários da Defesa disseram que Trump não devia sequer chegar perto da Casa Branca", continuou o democrata. 

Em matéria de política externa e resolução de conflitos, Walz considerou que é necessário entender a importância dos aliados dos Estados Unidos. "O que vimos com Kamala Harris é liderança estável", afirmou, por oposição a um Trump que os aliados veem a aproximar-se dos líderes russo Vladimir Putin e norte-coreano Kim Jong-un. 

"Os nossos aliados entendem que Donald Trump é instável", reiterou, acusando o ex-presidente de ser permeável à lisonja de líderes autoritários. "Vamos proteger as nossas forças e os nossos aliados e haverá consequências", contrapôs. 

Num debate cordial, com poucos momentos crispados, Walz também foi chamado a responder a uma discrepância no seu próprio currículo. 

O governador do Minnesota admitiu que errou quando disse que tinha estado em Hong Kong e na China continental durante os protestos pró-democracia de maio e junho de 1989, que culminaram no massacre de Tiananmen. Ele chegou em agosto. 

"Às vezes sou cabeça dura", admitiu. "Cheguei lá nesse verão e falei errado sobre isto. Estava em Hong Kong e China durante os protestos democráticos, e aí aprendi muito sobre o que significa governar", disse. 

Moderado pela televisão CBS News, este foi o último debate que está previsto no ciclo eleitoral. As eleições estão marcadas para 05 de novembro e vários estados já começaram a permitir o voto antecipado e por correspondência.

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