"Apresentei-lhe o nosso plano de vitória e discutimos detalhadamente a situação na Ucrânia e as consequências da guerra para o nosso povo", assinalou Zelensky numa mensagem na rede X, após a reunião com o ex-líder da Casa Branca na Torre Trump, em Nova Iorque.
"Ambos queremos que isto acabe e ambos queremos que seja feito um acordo justo", afirmou Trump ao lado de Zelensky, em declarações reproduzidas no canal televisivo Fox News, depois do encontro de cerca de 40 minutos, mostrando confiança de que "isso acontecerá na altura certa".
O político republicano disse igualmente que, tal como Zelensky, o Presidente russo, Vladimir Putin, também deseja o fim do conflito que iniciou em fevereiro de 2022 e que "isso é uma boa combinação para um acordo justo para todos".
Para Trump, ainda é "muito cedo" para partilhar as suas iniciativas sobre o fim da guerra, após ter dito no passado que conseguiria acabar com ela em 24 horas, referindo apenas que tem as suas ideias sobre o assunto, tal como Zelensky terá as suas.
"Nem deveria ter começado", completou no fim da frase o Presidente ucraniano, num comentário que mereceu a concordância de Trump, que fez ainda uma referência à reconstrução de "um belo país", ao que Zelensky aproveitou para deixar um convite ao candidato republicano para o conhecer pelos seus próprios olhos.
Donald Trump, que fez da "América em primeiro lugar" um dos principais marcos da sua presidência, critica, no entanto, regularmente as grandes quantias libertadas por Washington para apoio militar a Kiev desde 2022.
Ainda esta semana, descreveu Volodymyr Zelensky como "o melhor vendedor do planeta", ironizando: "Cada vez que vem ao nosso país, sai com 60 mil milhões de dólares [53,6 mil milhões de euros]".
Na semana passada, a presidência ucraniana anunciou que Zelensky planeava encontrar-se com o antigo Presidente norte-americano durante a sua visita aos Estados Unidos -- a quarta desde o início da invasão russa.
Mas a reunião foi entretanto suspensa, segundo a imprensa norte-americana, não tendo Trump apreciado uma entrevista dada pelo líder ucraniano à revista New Yorker, na qual afirmava que o candidato republicano não sabia bem como travar esta guerra.
A reunião entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky acontece um dia depois de um encontro do Presidente ucraniano na Casa Branca com Joe Biden e a vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, após uma deslocação ao Congresso.
"A Rússia não vencerá", declarou Biden. Para "ajudar a Ucrânia a vencer esta guerra", o líder dos Estados Unidos tinha anunciado antes um "aumento da ajuda à segurança", mas sem dar a luz verde esperada por Kiev para disparar mísseis norte-americanos de longo alcance em solo russo.
"Esta guerra pode ser ganha e uma paz justa pode ser concluída, mas apenas com os Estados Unidos", argumentou Volodymyr Zelensky, que apresentou o seu "plano de vitória" para pôr fim à invasão russa.
"O meu apoio ao povo ucraniano é inabalável", assegurou-lhe também a Kamala Harris, durante uma reunião separada.
"Há pessoas no meu país que gostariam de forçar a Ucrânia a abandonar grandes partes do seu território soberano, (...) estas são propostas de capitulação, o que é perigoso e irresponsável", acrescentou, numa alusão ao adversário republicano, Donald Trump, nas presidenciais de 05 de novembro.
As tropas de Moscovo têm feito progressos nos últimos meses contra as forças de Kiev no leste da Ucrânia, que por sua vez tem em curso desde o início de agosto uma invasão terrestre na região russa de Kursk.
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