"As relações sólidas entre a Ucrânia e os Estados Unidos beneficiam o mundo inteiro", afirmou Zelensky após uma reunião com o enviado especial dos Estados Unidos (EUA), Keith Kellogg, em Kiev.

"O encontro com Keith Kellogg foi muito produtivo, com uma boa discussão", sublinhou Zelensky, adiantando que durante o encontro foram discutidas "a situação no campo de batalha, a forma de repatriar os prisioneiros de guerra ucranianos e as garantias de segurança efetivas".

No entanto, após a reunião, os EUA anunciaram que a conferência de imprensa que estava prevista realizar-se a seguir ao encontro entre Zelensky e Kellogg havia sido cancelada.

A viagem de Kellogg a Kiev coincidiu com a recente aproximação de Donald Trump ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e à disputa entre Trump e Zelensky - depois de o líder norte-americano ter chamado "ditador" ao Presidente ucraniano -, o que criou tensão entre os dois líderes e lançou ainda mais dúvidas sobre o futuro do apoio dos EUA ao esforço de guerra da Ucrânia.

O porta-voz da presidência ucraniana, Serhiy Nikiforov, não deu qualquer outra razão para o cancelamento da conferência de imprensa para além de que ocorreu a pedido dos EUA.

A delegação dos EUA não fez ainda qualquer comentário sobre o assunto.

Entretanto, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que conversará com o seu homólogo ucraniano hoje às 20:00 locais (19:00 de Lisboa).

"Estou a dar o alarme esta noite porque estou convencido de que estamos a entrar numa nova era. Isso vai obrigar-nos a fazer escolhas. Vamos também ter de rever as nossas escolhas, as nossas escolhas orçamentais e as nossas prioridades nacionais neste novo mundo", afirmou o Presidente francês nas redes sociais.

"Nós, europeus, temos de aumentar o nosso esforço de guerra", sublinhou Macron.

JYFR (RJP) // JMR

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