O candidato do PS à Câmara de Évora e ex-eurodeputado, Carlos Zorrinho, aplaude a escolha de Alexandra Leitão para defrontar Carlos Moedas nas autárquicas em Lisboa, considerando-a uma "candidata forte" . Mas deixa alertas sobre a possibilidade de uma grande coligação de esquerda.

"Se lhe pudesse dar um conselho, acho que devia mobilizar o muito eleitorado em Lisboa que está muito descontente com a governação autárquica de Carlos Moedas. E depois, se os partidos mais à esquerda também se juntarem à sua candidatura, acho que, para ganhar uma câmara, todos são importantes, não defendo uma lógica frentista", começou por afirmar Carlos Zorrinho em entrevista ao Programa Hora da Verdade, da Rádio Renascença e do jornal "Público".

Caso contrário, adverte, se Leitão fizer primeiro um "acordo frentista" e "depois se apresentar ao eleitorado, é provável que perca algum eleitorado ao centro".

Sobre a sua candidatura à CM de Évora, o socialista adiantou que quer fazer uma campanha "pela positiva" na expectativa de que o PS possa roubar a autarquia à CDU, após dois anos de "estagnação,"e que consiga travar o Chega.

Questionado sobre as Presidenciais, Zorrinho defendeu que António José Seguro seria um "bom candidato", mas o PS só deverá anunciar o seu candidato a Belém quando tiver o número suficiente de candidatos para poder depois fazer a sua escolha na primavera.

"O PS não pode hesitar em apoiar um, não pode voltar a ter falta de comparência nas eleições presidenciais. Tem a obrigação de ter um candidato que dispute a segunda volta para ganhar", advogou, acrescentando que o partido deve escolher entre aquelas figuras que se disponibilizarem, uma vez que as eleições presidenciais são "pessoais". Razão pela qual não faz sentido a realização de eleições primárias para escolher o candidato presidencial, como sugeriu Ferro Rodrigues.