Rúben Amorim respondeu ao Bola na Rede na sala de conferência de imprensa do Estádio de Alvalade, após o encontro entre o Sporting e o Casa Pia.

Rúben Amorim, tal como João Pereira, respondeu ao Bola na Rede, após o encontro entre o Sporting e o Casa Pia. O técnico dos leões falou sobre a postura mais defensiva dos gansos e sobre a evolução do futebol.

Bola na Rede: Numa altura em que o futebol é cada vez mais escrutinado tática e estatisticamente, surgem abordagens como a de hoje onde a equipa adversária surge com uma linha de seis defesas na tentativa de fazer algo novo frente ao Sporting, como referiu o próprio treinador do Casa Pia. Nesse sentido, queria perguntar-lhe de que forma prepara jogos como este. Incita os jogadores à inspiração individual, ao drible, aos duelos de um contra um, ou vê igualmente no coletivo a melhor solução?

Rúben Amorim: O futebol tem sofrido uma evolução nesse sentido. Eu joguei até há pouco tempo, acho eu, e na minha altura era mais natural um 4-4-2, um 4-3-3, a saída era quase sempre a quatro, raramente havia uma construção de outra forma. Hoje em dia é tudo muito mais difícil. É difícil de encontrar as referências, é difícil montar um sistema. Mas a verdade é que nós temos características que tornam difícil saber como nos vamos posicionar também. Quantos mais jogos se vê, mais se complica. Obviamente que neste tipo de jogos não há muito a fazer, há uma linha de seis e outra de quatro. Ou tentamos cruzamentos, algo em que não somos muito fortes, ou recaímos na inspiração dos jogadores e portanto aí quem tem melhores jogadores tem uma grande vantagem. Essa é a evolução. Neste tipo de jogos as características individuais dos jogadores são cruciais e fazem a diferença. O treinador coloca as peças mas se eles não resolverem individualmente não há milagres.