O Bola na Rede teve a oportunidade de colocar uma questão a Ruben Amorim após o Braga x Sporting. O técnico analisou a evolução do 3-4-3 ao longo do seu período no clube.

O Bola na Rede fez uma pergunta a Ruben Amorim após o Braga x Sporting da jornada 11 da Primeira Liga. O técnico dos verdes e brancos analisou a evolução do 3-4-3 ao longo do seu período em Alvalade.

Eis a pergunta do Bola na Rede a Ruben Amorim:

Bola na Rede: Boa noite, mister. Bola na Rede, antes de mais dar-lhe os parabéns pela vitória. Agora que este foi o seu último jogo pelo Sporting, pedia-lhe um balanço geral entre o primeiro 3-4-3 e este último. Taticamente, quais é que foram as principais mudanças e desenvolvimentos na forma de jogar do Sporting. E também, já agora, agradecer-lhe pelo respeito, abertura e conversas sobre futebol com o Bola na Rede, e dar-lhe a boa sorte para a experiência no Manchester United.

Ruben Amorim: Antes de mais, muito obrigado. Foi um prazer, todos os treinadores gostam muito de falar de futebol. Olhando para o 3-4-3, se tivesse de resumir: a mobilidade dos centrais é completamente diferente do início. A mobilidade do vai para a frente, vai para trás, abre e fecha e isso nós melhorámos muito. A construção da nossa equipa melhorou porque os centrais melhoraram na forma de saber ler o jogo. São eles os construtores, mais do que os médios-centro. A capacidade dos médios-centro… Antigamente, nós não éramos muito específicos naquilo que os médios tinham de fazer e dividíamos mais o jogo. Lembrar um bocadinho o João Mário, que às vezes trocava de lado, o João Palhinha ia muito à frente e não tinha este posicionamento como o Morten [Hjulmand]. Ou seja, fomos muito mais ao pormenor principalmente ofensivamente. Lembro-me que no 3-4-3 nós tínhamos muitas regras para o defensivo e pensámos muito que o talento dos jogadores havia os posicionamentos, mas começámos a ter diretrizes como temos defensivamente: a linha, a segunda linha, etc… Começámos a ter também para o ataque. Começámos a dar mais dicas ao ataque e ficou mais completo. A capacidade do médio-centro mais ofensivo de jogar como um número 10. Isso melhorou muito a equipa principalmente neste ano. A teimoso de o avançado que vem buscar a bola e são os alas que dão profundidade… Agora, é o avançado que dá profundidade e temos jogadores entrelinhas que podem dar profundidade ou podem jogar entrelinhas. Isso ajudou bastante. A entrada a quatro, seja com o médio por fora ou por dentro, ajudou também muito e melhorou muito a equipa. E o segredo disto tudo… Está ali aquele senhor. Que é arranjar melhores jogadores. Porque os treinadores podem pensar tudo, é tudo muito bonito. Tudo o que eu faço, um treinador consegue ver a olhar para o jogo em plano aberto. Consegue ver tudo o que nós fazemos, o segredo está na qualidade dos jogadores. Melhorámos porque melhorámos a qualidade dos jogadores, o tempo de treino e depois tivemos uma estabilidade diferente que nos ajuda a tornar a equipa melhor. Portanto, resumidamente, acho que foi isto.