A desinspiração do Vitória de Guimarães continua e a boa fase do Estoril cresce. A equipa de Ian Cathro somou a terceira vitória consecutiva no campeonato, graças a golo de João Carvalho, a grande figura da partida.
O Vitória começou a primeira parte com um remate de João M. Mendes e terminou-a com uma oportunidade de Telmo Arcanjo. Uma espécie de embrulho do primeiro tempo, que, ao abrir-se, pouca ou nenhuma substância continha, pelo menos, do lado frasteiro.
O Estoril mostrou, sobretudo após o primeiro quarto de hora, ser uma equipa mais bem organizada, com olhos postos na baliza e, sobretudo, imparável no momento de transição da defesa para o ataque. Foram as maiores lacunas dos vimaranenses, esses momentos em que os comandados de Ian Cathro quiseram - e conseguiram - imprimir velocidade para, num curto espaço de tempo, levar a bola de um lado ao outro do campo. Para tal, também ajudava que os anfitriões tivessem a criatividade de João Carvalho e a explosão de Wagner Pina na direita, os mais inconformados deste primeiro tempo.
Foi dos pés do criativo que saiu o primeiro golo da partida. João Carvalho isolou Begraoui e o francês não desperdiçou. Só que, por 9 centímetros, não contou. Que não houvesse desânimo. Se, com um passe a acabar a primeira parte, não conseguia levar à alteração do marcador, ele próprio conseguiria mudar o resultado: com um belo bailado, tirou Rivas do caminho, aguentou a pressão e, com a biqueira da bota, bateu Bruno Varela.
Foi o único golo da partida e colocou justiça no marcador. Porque o Vitória, mesmo em desvantagem, pouco ou nada criou. Samu era, no meio-campo, um dos que 'remava contra a maré', mas pouca continuidade havia no jogo dos vimaranenses, sobretudo para lá do miolo. Michel teve, nos pés, a maior oportunidade de perigo, logo após o golo sofrido, mas respondeu ao passe de Nuno Santos com um remate desastrado.
Ainda assim, o golo deixava o Estoril exposto e, na compensação, a reação ia chegando. Os vimaranenses ainda reclamaram de grande penalidade, mas Luís Godinho considerou que Pedro Amaral, que tocou com a mão na bola, tinha o membro em posição natural. Logo a seguir, Nélson Oliveira marcou, mas estava fora de jogo. Mesmo assim, foram minutos de intensidade dentro de um jogo em que o Estoril dominou, conseguiu quebrar as linhas do meio-campo adversário várias vezes e teve, na pontinha do pé de João Carvalho, o caminho para um resultado justo.