A Mesa da Assembleia Geral do FC Porto suspendeu a deliberação dos recursos dos quatro associados expulsos do FC Porto, também arguidos na Operação Pretoriano.

A decisão foi tomada na véspera da realização da Assembleia Geral extraordinária, marcada para este sábado, a partir das 09:00.

"(...) A AG não pode reunir sem a presença dos associados requerentes. A referida norma encerra uma condição de admissibilidade de deliberação, pelo que se exige a presença do requerente para a tomada da deliberação que a ele diz respeito, devendo a AG prosseguir e deliberar-se sobre os restantes pontos relativamente aos quais os respetivos requerentes se encontrem presentes", lê-se no despacho publicado no site do FC Porto.

Os antigos sócios Fernando Madureira e a mulher, Sandra, assim como Vítor Catão e Vítor Oliveira - todos arguidos na Operação Pretoriano - foram expulsos pelo Conselho Fiscal e Disciplinar do clube. Os recursos iam ser discutidos este sábado.

No início desta semana, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto impediu as suas presenças na AG.

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto Sandra Madureira e Vítor Catão estão impedidos de estar em recintos desportivos, pelo que os três tinham requerido uma autorização para estarem presentes, mas o tribunal indeferiu-o, alertando para "o efeito perturbador e de exaltação, legitimamente expectável, que a sua presença poderia desencadear".

O que vai ser votado?

A ordem de trabalhos mantém a votação das suspensões por seis meses de Fernando Saúl, ex-oficial de ligação aos adeptos do clube, e de Manuel Barros.

"O processo de votação está configurado de forma semelhante ao processo eleitoral e é supervisionado a todo o tempo por dois membros suplentes da MAG. A contagem dos votos será efetuada na presença, e sob responsabilidade, dos membros da MAG."

Com Lusa