O Benfica B visitou este domingo o Funchal e empatou num jogo de várias sensações. Encarnados foram quase sempre mais equilibrados e personalizados, mas não resistiram a uma ponta final do Marítimo com agressividade.
Os madeirenses procuraram colocar em campo maior vertigem, desde o começo do desafio, atitude a que as águias responderam com uma estratégia de grande organização, solidariedade defensiva e velocidade nas transições. Apesar de o Marítimo ter conseguido, sobretudo através da qualidade de Euller, pelo flanco direito, rondar com perigo a área benfiquista, faltou sempre critério na definição e os desequilíbrios aconteciam com frequência.
O Benfica saiu com qualidade das áreas de pressão e foi com alguma naturalidade que conseguiu marcar golo logo aos 19 minutos, num cruzamento de Hugo Félix para a cabeça de Nuno Félix, que se viu solto na área para rematar com eficácia. A partir desse momento, as águias geriram a vantagem até ao intervalo, sem sobressaltos e alicerçadas na competência defensiva, sobretudo dos centrais Gustavo Marques e Joshua Wynder.
Para a segunda parte, Veríssimo lançou João Veloso, talvez para melhor travar Euller; o Marítimo trouxe maior agressividade, mais remates, e foi conseguindo criar maior sensação de perigo para a baliza defendida por André Gomes. Mas foi o lance de Nuno Félix, aos 67 minutos, com grande defesa de Samuel, que fez o Benfica ficar mais perto do 2-0 do que o Marítimo do empate.
O Marítimo foi conseguindo maior domínio territorial, mas pareceu também consentido pelo Benfica B, que, num bloco muito compacto, foi sempre mais inteligente na gestão e apostado em criar mais espaço no meio-campo adversário para consolidar a superioridade. Porém, o Marítimo começou a somar boas oportunidades para mudar a história do jogo, a jogar mais em cima da área do Benfica B, e chegou mesmo ao golo, marcado por Martim Tavares, que saiu do banco e rematou com êxito de cabeça.
Com o empate, o jogo ficou muito mais aberto, com o Marítimo a carregar na procura da vitória e o Benfica B com maior dificuldade para gerir as emoções. Os encarnados estiveram perto de sofrer o segundo golo, mas Martim Tavares viu um grande remate bater em cheio na trave da baliza defendida por André Gomes.
O resultado ficou no empate, que representa para o Marítimo um balão de oxigénio e para o Benfica B tem sabor a frustração, porque poderia ter dado um salto no pódio e, assim, mantém-se em terceiro lugar, com menos um ponto que o Penafiel e menos dois que o Tondela.