De acordo com a Agência France Presse (AFP), imagens que circulam nas redes sociais - captadas por desconhecidos - mostram alguns membros da polícia de choque a gritar com os manifestantes e agentes a agredir os participantes com cassetetes.
Segundo a AFP, alguns detidos foram mais tarde libertados nos arredores da cidade de Amesterdão.
Os detidos tinham acabado de ser transportados de autocarro da Praça Dam, no centro da cidade, onde se realizava a manifestação, mas alguns resistiram à polícia, segundo os repórteres da AFP presentes no local.
Várias centenas de pessoas reuniram-se, envergando keffiyehs (lenços palestinianos) e entoando palavras de ordem, apesar da proibição de ajuntamentos no centro da cidade, em vigor até hoje.
As medidas foram aplicadas na sequência dos incidentes que envolveram adeptos de futebol israelitas na semana passada.
Apesar da imposição, foi concedida uma exceção para a manifestação de quarta-feira à noite, na condição de se realizar na artéria Westergasterrein, um local afastado do centro da cidade.
"Estão a circular vídeos nas redes sociais que mostram membros da unidade móvel (polícia de choque) a agir contra manifestantes que acabam de ser retirados de um autocarro", declarou hoje a polícia dos Países Baixos num comunicado.
"Estes manifestantes foram transportados para o local depois de terem sido detidos na Praça Dam por terem violado a ordem de emergência", acrescenta a polícia, afirmando que foram vandalizados autocarros.
"Está em curso uma investigação para apurar a razão exata das ações da unidade móvel neste fragmento de vídeo específico", acrescentou a polícia, sem especificar quais as imagens em causa.
Segundo a versão oficial, na noite de 7 para 8 de novembro, após um jogo da Liga Europa entre o Ajax de Amesterdão e a equipa israelita Maccabi de Telavive, os adeptos israelitas foram perseguidos e agredidos nas ruas de Amesterdão.
Segundo as autoridades, cinco pessoas foram hospitalizadas por breves instantes na sequência destes incidentes.
O Ajax venceu o Maccabi por 5-0.
Posteriormente foi noticiado pela estação de televisão Al Jazeera e pelo jornal britânico Guardian que se se registaram incidentes isolados, incluindo cânticos contra árabes por parte dos adeptos do Maccabi, que também terão destruído uma bandeira da Palestina.