Passagem apertada e com contornos de sofrimento carimbada pelo Bayern München. Na receção ao Celtic, a formação alemã beneficiou da vantagem trazida da Escócia e apenas no último lance da partida carimbou o empate final (1-1) e respetivo acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, por intermédio de Alphonso Davies.

Em vantagem na eliminatória e amplamente favorito para esta segunda mão, o conjunto bávaro deteve o domínio desde o primeiro apito de Benoit Bastien. No entanto, a supremacia bávara não representou necessariamente perigo de maior para a baliza à guarda de Schemeichel.

Quase sempre a partir das acelerações de Michael Olise, os pupilos de Vincent Kompany procuraram outro conforto na eliminatória, mas apenas pelo tiro à barra de Harry Kane já perto do intervalo estiveram perto de estrear o marcador.

Bem organizado defensivamente e muito sóbrio no ataque ao espaço concedido pela defensiva bávara - e de alguns erros de Upamecano e companhia -, o Celtic pecou na hora de finalizar, sobretudo entre o primeiro quarto de hora e os 20'.

Nesse período, Nicolas Kühn deu o primeiro passo na grande exibição que realizou e, com Neuer já batido, viu Raphael Guerreiro cortar-lhe os festejos mesmo em cima da linha de golo. O lance galvanizou os católicos que, nos dois minutos seguintes, espreitaram de muito perto a vantagem: se da primeira vez, Daizen Maeda falhou a emenda por muito pouco, na segunda atirou sobre a barra nova recuperação alta.

O nulo empunha-se ao intervalo em virtude da desinspiração bávara e da excelente postura do Celtic nos vários momentos do jogo.

A confirmação do inevitável e o carimbo de Davies

Durante o segundo tempo e sem que o duelo tivesse diferido muito do registo dos 45' iniciais, o Bayern persistiu com as fífias defensivas e, desta vez, o Celtic não desperdiçou. Após passe mal medido de Goretzka, Maeda acreditou até ao fim e serviu Kühn - pelo meio Kim ajudou com o carrinho falhado - para um tiro certeiro e sem direito a reação atempada de Neuer.

Com o campeão escocês na frente e a eliminatória igualada, Kompany fez entrar Leroy Sané e Alphonso Davies para refrescar as alas e os frutos foram mesmo colhidos, depois de uma reta final onde o Bayern encostou um resiliente Celtic à sua retaguarda.

No entanto, tal resiliência de nada valeu e o conjunto de Brendan Rodgers caiu mesmo com contornos bem cruéis. Olise voltou a ressurgir de forma brilhante com um centro a régua e esquadro, Goretzka cabeceou para uma defesa em esforço de Schemeichel e, na recarga, Alphonso Davies confirmou a passagem do Bayern numa preciosa antecipação a Carter-Vickers.