António Miguel Cardoso confirmou, esta quinta-feira, a recandidatura às eleições do V. Guimarães. A lista foi subscrita por 810 associados.

Eleito para o primeiro mandato em março de 2022, o dirigente apresentou-se ao ato eleitoral de 1 de março com a motivação de "acabar o trabalho que tem vindo a ser feito." "Sentimos que foram três anos em que o clube realmente modificou-se. Nós encontramos o clube numa grande inércia. Durante estes três anos, reestruturamos muita coisa. Reestruturamos todos os departamentos, a Academia, o futebol profissional e a formação. Equilibramos a estrutura acionista porque havia, na altura, problemas entre o clube e a SAD. Temos agora um clube que está vivo. No campo desportivo, são três qualificações europeias. Temos também um recorde de pontos no ano passado. Esta época temos uma campanha europeia com mais um recorde de vitórias consecutivas. Acho que está a ser uma história muito bonita. Na formação há mais a fazer, mas este ano estamos na fase de apuramento de campeão de todos os escalões, o que é importante. Sentimos também, nomeadamente na equipa B, que temos apostado muito em jovens, o Alberto é um caso exemplar daquilo que tem acontecido. Na parte dos associados, o clube tem crescido muito. Temos o estádio cada vez mais cheio, temos cada vez mais sócios. Na parte financeira, o clube, mesmo sem os direitos televisivos e mesmo com o passivo que tinha, começou a entrar num bom rumo. Achamos que o clube está a crescer, mas ainda não está a crescer o suficiente. Por isso, nós queremos um Vitória de futuro, não queremos um Vitória de passado. E é isso que estamos aqui a fazer, mais três anos para continuar neste caminho e dar alegrias aos sócios, que é o mais importante."

Ao contrário do que aconteceu há três anos, António Miguel Cardoso não tem programadas ações de campanha. "Nós demos-nos a conhecer há três anos atrás e ganhamos as eleições. Temos um plano estratégico que estamos a seguir desde essa altura e muitas das coisas têm sido feitas, outras ainda não. Contamos mostrar aos sócios qual é esse plano estratégico e vamos mostrá-lo numa ocasião antes das eleições. A partir daí, há muito trabalho. Eu sempre prometi trabalho, vou trabalhar até ao dia em que sair e sairei no dia 1 de março, se perdermos as eleições. Portanto, até lá vamos trabalhar. Aquilo que eu e toda a Direção querem fazer é trabalhar. Temos o mês de Fevereiro pela frente de muito trabalho. Todos nós temos a consciência de que temos que estar aqui até ao último dia com muito afincados e com muito respeito por aquilo que é o clube. Se os sócios quiserem que estejamos com eles mais de três anos, estaremos. Se não quiserem, vamos à nossa vida e acho que faz parte daquilo que é a vida do clube."

Questionado sobre as críticas já feitas por Luís Cirilo à sua gestão, António Miguel Cardoso acrescentou: "Não faço ideia do que é que disseram, mas tenho acompanhado, nos últimos três anos, tudo aquilo que têm dito e acho que é sempre contrário àquilo que nós temos feito. Aquilo que posso dizer é que no trabalho que nós temos feito no Vitória nos últimos três anos, obviamente que não fizemos tudo bem, faz parte. Quem está aqui, quem dirige, também tem decisões que são erradas. Achamos que o Vitórias cresceu muito nos últimos três anos. Sinto que tínhamos um Vitória há três anos completamente parado e acho que isso é muito claro. E nós aquilo que queremos é um Vitória virado para a frente. Não queremos um Vitória provinciano, não queremos um Vitória que olha para trás e para o passado."