Treinador do Botafogo fala sobre o ambiente hostil que a equipa sentiu em Montevidéu, diante do Peñarol, e sublinha "momento histórico" para o clube
Artur Jorge era naturalmente um homem feliz no final do Peñarol-Botafogo. Apesar da derrota (1-3) no duelo da segunda mão das meias-finais da Libertadores, o clube brasileiro acabou por garantir o apuramento para a final da competição, a primeira da história do clube. Em declarações no final encontro em Montevidéu, no Uruguai, o treinador português enalteceu o feito dos seus jogadores, mas não esqueceu o ambiente hostil que a equipa sentiu desde o momento em que pisou o solo uruguaio.
"Tínhamos um objetivo muito claro, que era conseguir superar esse adversário no conjunto dos dois jogos que tínhamos para fazer contra eles nas meias-finais. O objetivo principal foi completamente atingido, que era chegar à final, um marco histórico. É isso que deve ser destacado, o facto de este grupo de jogadores conseguir pela primeira vez colocar o Botafogo numa final da Libertadores. É um grupo de atletas que vai ficar na história do clube, pela forma com que conseguiram fazer toda uma trajetória desde os playoffs", começou por dizer o técnico luso, em declarações citadas pelo 'GloboEsporte'.
Ataques dos adeptos do Peñarol aos autocarros dos adeptos e da equipa
"Não é fácil fazer essa blindagem. Chegámos ao estádio com vidros partidos e jogadores atingidos por pedras no autocarro. Temos que afastar isso e olhar para aquilo que é o jogo, porque nós viemos aqui para disputar e vencer o jogo e avançar na eliminatória. Mas a verdade é que os ataques têm impacto. As pedras que entraram no autocarro mexem com o subconsciente dos atletas, portanto não podemos abdicar de falar sobre isso."
Análise ao encontro
"Era um jogo que tínhamos que olhar para ele, gostem ou não, a vitória ficou 6-3. Vencemos claramente no primeiro jogo. Tivemos aqui movimentos do jogo que foram estranhos para nós. Estranho pela vantagem que tínhamos, estranho por alguns momentos onde abdicámos de jogar, estranho em que, durante o segundo tempo, estávamos a dominar por completo com um a mais e tivemos um penálti e não nos deixaram concluir esse lance. Sei que vamos olhar para o resultado, mas temos que fazer uma análise cuidada sobre aquilo que é o jogo. Um jogo onde nós fizemos momentos mais defensivos inconscientemente, e só quem está lá dentro sabe. Quem só comenta e vê é impossível sentir aquilo que os jogadores sentem. A forma como hoje acabaram por se retrair mais daquilo que é o seu jogo jogado. Aquilo que não é a cara deste Botafogo. Defendemos mais tempo, defendemos mais vezes, defendemos mais baixo... Mas é muito difícil entrar na cabeça dos jogadores porque é uma final, é um momento histórico, é chegar num patamar muito alto, é estar no topo daquilo que são as competições sul-americanas. Dois jogos, 6-3, fomos melhores, estamos felizes. Perdemos aqui, mas estamos na final. Extraordinário para nós, eu digo que os jogadores foram excecionais e colocaram o Botafogo em um patamar mais alto ainda", terminou.
"Tínhamos um objetivo muito claro, que era conseguir superar esse adversário no conjunto dos dois jogos que tínhamos para fazer contra eles nas meias-finais. O objetivo principal foi completamente atingido, que era chegar à final, um marco histórico. É isso que deve ser destacado, o facto de este grupo de jogadores conseguir pela primeira vez colocar o Botafogo numa final da Libertadores. É um grupo de atletas que vai ficar na história do clube, pela forma com que conseguiram fazer toda uma trajetória desde os playoffs", começou por dizer o técnico luso, em declarações citadas pelo 'GloboEsporte'.
Ataques dos adeptos do Peñarol aos autocarros dos adeptos e da equipa
"Não é fácil fazer essa blindagem. Chegámos ao estádio com vidros partidos e jogadores atingidos por pedras no autocarro. Temos que afastar isso e olhar para aquilo que é o jogo, porque nós viemos aqui para disputar e vencer o jogo e avançar na eliminatória. Mas a verdade é que os ataques têm impacto. As pedras que entraram no autocarro mexem com o subconsciente dos atletas, portanto não podemos abdicar de falar sobre isso."
Análise ao encontro
"Era um jogo que tínhamos que olhar para ele, gostem ou não, a vitória ficou 6-3. Vencemos claramente no primeiro jogo. Tivemos aqui movimentos do jogo que foram estranhos para nós. Estranho pela vantagem que tínhamos, estranho por alguns momentos onde abdicámos de jogar, estranho em que, durante o segundo tempo, estávamos a dominar por completo com um a mais e tivemos um penálti e não nos deixaram concluir esse lance. Sei que vamos olhar para o resultado, mas temos que fazer uma análise cuidada sobre aquilo que é o jogo. Um jogo onde nós fizemos momentos mais defensivos inconscientemente, e só quem está lá dentro sabe. Quem só comenta e vê é impossível sentir aquilo que os jogadores sentem. A forma como hoje acabaram por se retrair mais daquilo que é o seu jogo jogado. Aquilo que não é a cara deste Botafogo. Defendemos mais tempo, defendemos mais vezes, defendemos mais baixo... Mas é muito difícil entrar na cabeça dos jogadores porque é uma final, é um momento histórico, é chegar num patamar muito alto, é estar no topo daquilo que são as competições sul-americanas. Dois jogos, 6-3, fomos melhores, estamos felizes. Perdemos aqui, mas estamos na final. Extraordinário para nós, eu digo que os jogadores foram excecionais e colocaram o Botafogo em um patamar mais alto ainda", terminou.