Bruno Lage, na primeira reação ao triunfo sobre o SC Braga, em entrevista rápida à Sport TV, disse já pensa em vencer o Sporting na final de sábado.
— Se o Benfica já foi acusado de dar uma parte de avanço desta vez a equipa entrou ligada à ficha desde o início?
— Fundamentalmente, voltámos a entrar bem no jogo. E demos sequência. Tivemos a primeira oportunidade aos quatro minutos, fomos tendo mais oportunidades e a consequência do nosso domínio de jogo, a defender e a atacar, resultou em três golos de grande qualidade. Primeira e segunda partes muito boas e agora é preparar a final da melhor maneira porque queremos vencer. Vamos olhar para o que fizemos, aprender com o que fizemos há três dias com este adversário. A equipa teve um comportamento muito bom, uma exibição muito boa, e agora temos nova oportunidade de defrontar o Sporting dentro de três dias e o que mais ambicionamos é conquistar um título que foge ao Benfica desde 2016.
— A qualidade individual é inquestionável. O que faz falta às vezes é mais fome?
— Isto não vai lá com clique ou com fome. A jogar de três em três dias as equipas têm de saber recuperar, ter muita intensidade, temos também de dar mérito aos adversários. Temos de estar preparados, ser equipa e plantel forte. Esta equipa trabalha muito e bem, tem jogadores de qualidade e, como aconteceu hoje, frescos e determinados jogamos bem e com fome para vencer.
— Na segunda parte já começou a pensar na recuperação, tendo em conta que vai ter menos um dia de recuperação que o Sporting? Foi por isso que mexeu na equipa?
— Sim, temos de pensar na final. Só temos dois dias para recuperar. O Sporting parte em vantagem nesse sentido. Os calendários são tão apertados que queremos ter no mínimo três dias entre os jogos. Não é possível. Numa só competição seria preferível uma equipa ter três dias de descanso e outra quatro. Não é possível. Nºão servirá de desculpa. Temos de nos apresentar como fizemos hoje, começar a recuperar dentro de campo, isso aconteceu como controlámos a bola na segunda parte, algumas substituições antecipadas a opensar na final. Sentimos que a equipa iria entrar determinanda em busca do orgulho. Estamos na final, não ganhámos nada, queremos vencer é a final.
— Depois da exibição de hoje, porque não tem Schjelderup mais minutos?
— É isso que quero dos jogadores. Chegámos em setembro. não fizemos pré-época com os jogadores, olhámos para o problema que tínhamos, para uma equipa, reorganizámo-la, criámos uma dinâmica e fomos com esta equipa. Os restantes jogadores, sempre que tiverem oportunidade, têm de mostrar aquilo que oi Andreas fez hoje, que o Rego fez, que o Leandro Barreiro já fez. Sempre que tiverem oportunidades os jogadores têm de mostrar que podemos sentir confiança. É isso que quero. Quero que me mostrem rendimento a todo o momento.
— Haverá mais vontade de ganhar um troféu que ainda não conquistou e que o Benfica não conquista há tanto tempo?
— Estamos sempre a aprender, a cada três dias temos de perceber o que fizemos, não perder muito tempo, mas aprender e transportar sempre energia positiva para o jogo. Disse aos jogadores que temos de entrar em campo e sentir que o SC Braga está a jogar a segunda parte que fizemos com eles. Temos de fazer a mesma coisa e sentir isso com o Sporting. Quando entrarmos em campo sentir que estamos a jogar a segunda parte que fizemos em Alvalade. Essa foi a mensagem que já passei aos jogadores. Em relação aos títulos, disse quando cheguei que gostaria de reescrever a história no Benfica. E a história dos treinadores do Benfica é só com títulos. Não é com vitórias de jogos é com títulos. Nada ganhámos, chegámos à final, o que mais quero é vencer um título, para deixar mais um título pequeno na grande história do Benfica.