Carmelo Anthony foi o atleta escolhido para avaliar o crescimento das redes sociais e a importância da inteligência artificial no desporto profissional e, usando o seu exemplo, considerou todo o desenvolvimento "muito positivo" pela forma como os fãs podem agora interagir com os seus ídolos.

"A indústria mudou de forma dramática. Eu, por exemplo, agora posso estar aqui com uma garrafa de vinho à frente, e antes não era bem visto um atleta beber álcool. Antes fazíamos o que as equipas queriam e isso agora é só uma parte. Posso falar diretamente para os fãs sem a terceira parte, e acredito que é a melhor maneira de passar a minha mensagem, sem filtros...isso para mim esse é o grande benefício", afirmou o antigo jogador na NBA, na Web Summit, onde também destacou as vantagens que a inteligência artificial pode ter na alta competição: "Pode ajudar-nos a dormir, a recuperar, a estudar o confronto com os adversários, a perceber as nossas debilidades. Eu acredito que o uso da inteligência artificial pode vir a ser tão natural como vestir uma camisola. Como disse agora sabemos a melhor forma de recuperar de uma semana de seis jogos... Estes dados são muito benéficos até ao certo...". 

Já com um filho adolescente em casa, o ex-basquetebolista vê este dado como uma vantagem e revela-se um "estudante" na própria casa. " Com o meu filho tento ouvir e ver o que ele faz pois tem 17 anos. Procuro ver a tecnologia que ele usa com os amigos e é isso que eu utilizo para mim pois sei que sou um estudante na geração deles", acrescentou o Carmelo que não vê a inteligência artificial como um inimigo do desporto ao vivo: "Há espaço para tudo, é como ir ao cinema, já não precisamos mas continuamos a querer aquela experiência, e o futuro pode passar por isso. Quem sabe se não será possível ter a experiência de estar na 1ª fila do pavilhão na nossa sala? Agora os fãs podem ver o que os seus ídolos fazem...se eu tivesse a oportunidade de ver o Michael Jordan sob a sua lente enquanto crescia...".