Naquele que será o último jogo de Rúben Amorim ao serviço do Sporting, Carlos Carvalhal espera que o Sp. Braga consiga fazer o que nenhuma outra equipa fez na Liga Betclic esta época contra os leões. Na antevisão ao duelo deste domingo na Pedreira (18H45), o técnico bracarense antevê um jogo "muito difícil", mas apela à união interna para contrariar as… apostas do comum adepto.

Receção ao Sporting e uma preparação mais curta…"É um jogo que se antevê muito difícil contra uma equipa que o pior jogo que fez fora, no campeonato, foi vencer por 3-0. Vem de sete vitórias consecutivas e conseguiu agora uma vitória super moralizadora com o Manchester. Uma equipa muito boa, muito bem organizada e comandada e com excelentes intérpretes. 99,9 por cento dos adeptos do futebol apostariam na vitória do Sporting e resta 0,1 por cento, que são os jogadores, o staff do Sp. Braga e os nossos adeptos. Queremos fazer da Pedreira a nossa fortaleza, queremos lutar para vencer, que tem sido a marca do Sp. Braga ao longo dos tempos. O objetivo é chegar aos lugares da frente. Somos poucos contra muitos, mas poucos e bons."

Sp. Braga com menos dias de descanso para este jogo. Isso influencia? "Nem deu tempo para tirar o pijama… Vamos treinar, avaliaremos o cansaço, os indicadores e veremos quem vai jogar. Não tenho os indicadores todos e isso influencia. Faz uma diferença, sim, mas é chover no molhado. Não podemos falar nas vantagens ou desvantagens, não tem eco. Vamos com tudo para vencer o jogo."

Despedida de Rúben Amorim…"Isso é alheio à nossa preparação, temos de nos focar em nós. É incontornável para nós. O que podemos controlar é que está ao nosso alcance. Temos de nos preocupar com a dinâmica defensiva e ofensiva do Sporting. O foco está na nossa tarefa."

Que Sp. Braga pode surgir para anular o Sporting? "A nossa premissa nunca é como anular o adversário, mas sim como vamos desregular o adversário. Claro que quanto maior é o poder do adversário, o Sporting, temos de ter cuidado com as dinâmicas ofensivas, que tem uma dinâmica muito própria. Fizemos uma exceção na Suécia ao jogarmos com três centrais. Pontualmente podemos jogar com três defesas, desta vez foi mesmo com três centrais. Queríamos ganhar e podíamos estar a vencer por 3-0, nos primeiros oito minutos, pois entramos melhor no jogo. Este é um adversário diferente que tem muita qualidade nos corredores. Temos também de pensar em não sofrer. Pensar na capacidade de desregular e também como não sofrer."

Este Sporting é a equipa com o rendimento coletivo mais alto dos últimos anos? "É uma equipa madura de ideias, por ter um treinador de continuidade, evoluiu a equipa, contratou bem, manteve um ou outro e a equipa é forte. Um grau de maturidade acima dos demais, completamente."

Atenção especial a Gy­ökeres? "Se formos a pensar muito nos jogadores do Sporting não jogamos. O Sporting é mais do que o Gyökeres e temos de pensar no Sporting coletivamente. O Sporting tem muito menos debilidades do que qualquer outra, mas também as tem."

É imprescindível reforçar o ataque em janeiro? "Temos confiança nos jogadores todos, mas a confiança coletiva e ter duas oportunidades e fazer dois golos. Erros de pormenor custaram-nos pontos no Elfsborg apagam uma boa exibição, porque podíamos estar a ganhar 3-0 aos 8’. O Bright nem treinou connosco e isso custa pontos. É um pormenor que tem de ser treinado, sobretudo no capítulo defensivo e isso escapa aos olhares das pessoas. O que queremos é estar a m nível elevadíssimo. A confiança é a mesma, [reforçar a equipa] em janeiro está em aberto e já reunimos para falar quatro ou cinco vezes sobre isso. Queremos que toda a gente dê o seu melhor, porque não é falta de atitude."

Ricardo Horta: "Tem que ver com alguma falta de confiança. Não atravessa um grande momento, esperamos que a qualquer altura faça o que faz de melhor. Falta um bocadinho de confiança  e perfume."

Palavras elogiosas para Rúben Amorim: "Quero desejar as maiores felicidades ao Rúben Amorim. É muito importante termos treinadores no primeiro patamar das ligas mundiais. Perdeu-se uma referência com a saída do José Mourinho para o Fenerbahçe, mas temos o Marco Silva, o Nuno Espírito Santo, agora o Rúben Amorim. Temos o Paulo Fonseca no Milan, Jorge Jesus e Vítor Pereira na Arábia, Abel e Artur Jorge no Brasil e esta saída do Rúben Amorim atira o treinador português para o primeiro plano. E é isso que todos esperam."

Zalazar vai a jogo? "Ainda é uma incógnita."