O espetáculo da melhor liga de basquetebol – NBA – está de volta. Com o encerramento dos primeiros dias de ação, trago os jogadores que, a meu ver, foram mais valiosos para as suas respetivas equipas. Para além destes, analiso o impacto de outros intervenientes que brilharam nos primeiros jogos.
Tratando-se do regresso da competição, decidi estender o período de análise um pouco além da primeira semana, para que todas as equipas tivessem, pelo menos, três jogos disputados. Assim, foram contabilizados os duelos ocorridos entre os dias 22 e 30 de outubro.
- Anthony Davis
Abro a lista com melhor jogador do período: o “big man”, Anthony Davis. O começo de temporada dos Lakers surpreendeu muitos entusiastas da modalidade, vencendo os primeiros três jogos e subindo 16 posições nos Power Rankins desenvolvidos pela própria NBA. Este sucesso deveu-se, em grande parte, às prestações do seu poste, que fez a sua presença sentir-se em ambos os lados do campo e venceu o jogador da semana inaugural para o Oeste. Davis tem o terceiro melhor registo da liga em pontos por jogo, com uma média de 30.6.
2. Chet Holmgren
Para fechar os postes da equipa, destaco as exibições de Chet Holmgren. Na sua segunda época em atividade na liga, Chet é já um dos melhores protetores do garrafão do mundo, liderando a NBA com 3,5 abafos por jogo. Holmgren é o nono jogador com melhor rating defensivo, sendo que o top-10 inclui três outros jogadores dos OKC. Os Thunder entraram na nova época como verdadeiros candidatos ao título, acompanhando a qualidade com um basquetebol que entretém quem o vê. Holmgren é uma das principais razões para isso mesmo.
3. Jayson Tatum
Na posição três, o meu escolhido é Jayson Tatum. Se muitos críticos questionaram a sua capacidade de liderar os Celtics nos playoffs, o número zero entrou na temporada a dar garantias da sua preponderância para os atuais detentores do ring. Repetiu a marca dos 37 pontos por três vezes e atingiu a marca dos 12 mil pontos na carreira. Tatum destacou-se, também nos momentos de decisão, tendo, por exemplo, apontado um triplo que levou o confronto com os Indiana Pacers para prolongamento. Destaque para a distinção do extremo como melhor jogador da primeira semana no Este.
4. Trae Young
Com a frontcourt fechada, parto, agora, para os bases. O primeiro destaque vai para Trae Young, pela sua sempre presente capacidade de produzir para si e para os outros. O instinto de playmaker fez com que Young apontasse quatro duplos-duplos em cinco jogos. O camisa 11 registou médias de 28,2 pontos, 5,2 ressaltos e 11,6 assistências. A estrela dos Atlanta Hawks deixou boa imagem no começa de uma época que, com certeza, terá uma seleção para o All-Star game como objetivo traçado.
5. Shai Gilgeous-Alexander
Sobra, então, mais um base para encerrar o cinco inicial da primeira semana da NBA. A escolha final é Shai Gilgeous-Alexander. Depois de ficar em segundo na corrida pelo MVP da temporada regular passada, SGA retoma a atividade em grande plano nos invictos Thunder. Para além de ser terceiro em desarmes (2,5 por jogo), o base canadiano continua a atrair a atenção das defesas adversários, tal como esperado. Neste período, Shai somou 26 pontos, 7,5 ressaltos e 6,0 assistências.
Passo, agora, para outros atletas em evidência nos primeiros jogos da NBA. Vou eleger o rookie, o sexto homem e o jogador em ascensão.
Para rookie, a escolha não foi fácil, acima de tudo porque as exibições desta nova geração não tiveram o mesmo impacto no decorrer do jogo como os anos anteriores nos tinham habituado. Ainda assim, Stephon Castle, base dos San Antonio Spurs, é a minha escolha. As exibições de Castle merecem destaque pela frequência com que este ficou encarregado de defender o melhor jogador adversário. Stephon Castle posiciona-se no segundo lugar das tabelas de assistências e desarmes para rookies.
Para a seleção do sexto homem, tomei em consideração apenas os jogadores que começaram no banco em todos os jogos que disputaram. Como tal, a abundância de triplos de Buddy Hield tornam-no a escolha natural. Em quatro jogos, a nova arma dos Golden State soma 24 lançamentos de três pontos certeiros, com uma média de 51,4%. Apesar de saltar do banco, Hield lidera a sua equipa em pontos.
Por fim, destaco o jogador em ascensão. Por outras palavras, aquele que neste regresso deu fortes sinais de evolução comparativamente ao ano passado. Falo de Cade Cunningham. A situação dos Pistons pode não ser a mais favorável do ponto de vista coletiva, mas a verdade é que a primeira escolha do draft de 2021 tem, assim, mais espaço para impor o seu jogo. E foi exatamente isso que fez nesta reabertura da competição: somou 26.5 pontos, 5,8 ressaltos e 7,5 assistências. Cade está a deixar razões para acreditar que este será o ano em que se aproxima verdadeiramente do potencial que lhe foi atribuído aquando da sua entrada na NBA.
Artigo redigido por David Braga