Rosa Mota encontra-se «estável» de acordo com um comunicado emitido pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) e a cirurgia a que foi submetida na segunda-feira já estaria programada. «A maratonista, de 66 anos, encontra-se a recuperar de uma intervenção a um aneurisma abdominal, detetado em dezembro, e deslocou-se esta segunda-feira ao Hospital de Santo António para uma cirurgia programada, encontrando-se estável», lê-se no comunicado da FPA.

A entidade acrescenta que tem acompanhado a situação de saúde da campeã mundial e olímpica da década de 1980, que reapareceu nos últimos anos nos veteranos, e vê como positivos os sinais de estabilidade. Ontem a informação era de que estaria internada nos cuidados intensivos numa situação de grande fragilidade. «Todo o atletismo está com a Rosa Mota, a torcer para que melhore rapidamente e para que possamos voltar a vê-la muito em breve a dedicar-se à sua paixão de sempre, o atletismo», deseja o presidente presidente da FPA, Domingos Castro, na informação disponibilizada.

Rosa Mota, natural do Porto, foi campeã olímpica da maratona nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, após ter sido bronze em Los Angeles, em 1984. No seu palmarés há também três títulos europeus (1982, 1986 e 1990) e um mundial (1987). Ainda é a recordista nacional da maratona, com o registo de 02.23,29 horas, marca conseguida em Chicago em 1985.

Nos últimos anos, Rosa Mota reapareceu ao mais alto nível e venceu várias provas de veteranos, tendo estabelecido em Barcelona, em 2024, o recorde do mundo da meia-maratona (1h24.27 horas), para o escalão dos 65 aos 69 anos.