
Sem golos, nem vitória para qualquer um dos lados. Na visita ao Baixo Minho, o Leixões travou o Vizela de chegar à terceira vitória consecutiva e o empate a zero (0-0) viria a confirmar-se, depois de 90 minutos marcados pelo desacerto, sobretudo por parte dos pupilos de Fábio Pereira. Contas feitas, os da casa são sextos - 32 pontos -, ao passo que os matosinhenses surgem em 11º, com 26.
A viver a melhor fase da temporada ao nível dos resultados e das exibições, o Vizela demorou a ligar os motores. Rhynner e Ntolla sugiram nas primeiras opções de Fábio Pereira, enquanto José Mota gizou as entradas de quatro unidades, três delas para o meio-campo: Fabrício Isidoro, Zag, André Seruca - em estreia a titular - e Paulité.
Falta de eficácia travou domínio minhoto
Apesar da manhã de alguma chuva, o público das duas equipas aderiram em bom número à partida e ajudaram ao bom ambiente, numa partida sem golos nos primeiros 45 minutos, mas com dinâmica perigo junto das duas balizas. Sem vencer há seis jogos, o Leixões deu bons indicadores nos instantes iniciais, mas rapidamente cedeu perante o melhor momento dos minhotos.
22 Jogos, 11V 8E 3D (DG: 33-17)
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Com os setores bem ligados e orientações muito práticas a partir da velocidade de Prosper Obah e de Natanael Ntolla e pela criatividade de Mörschel, o Vizela cresceu a partir dos 10-15 minutos e quase nunca abrandou. Yannick Semedo e Diogo Nascimento lideraram as ações e geriram as dinâmicas de um conjunto minhoto, sendo mesmo o médio português a criar a melhor situação do despique.
O lance serviu para confirmar tendências e o Leixões foi passando mal com as ações dos homens mais adiantados dos alas anfitriões. Apesar disso, o o pecado da definição assolou os da casa e o golo não surgiu: Milovanovic ficou a ligeiros centímetros do quarto golo da época, à imagem de Yannick Semedo, sobre o intervalo. Pelo meio, Rafael Martins surgiu com uma perdida de cabeça, num dos poucos lances de vigor atacante do Bebés do Mar. Pelo encadeamento dos acontecimentos, pressentiam-se golos para o segundo tempo.
No entanto, estes não surgiram. Praticamente com a mesma postura dominante, o Vizela partiu para cima do Leixões desde o primeiro segundo da etapa e o filme repetiu-se.
José Mota assistiu desgostoso desde o banco, não tardou a mexer e, mesmo com algum equilíbrio dos acontecimentos, o ascendente não se inverteu. Em contrapé e no meio do desnorte leixonense, Werton obrigou Ruly a uma defesa apertada, enquanto, do lado oposto, Dani Figueira começava a talhar-se como o homem do jogo.
Ntolla foi a primeira vítima do guarda-redes português - bela mancha, depois de um passe magistral de Yannick Semedo a isolar o colega de equipa -, Fabinho remou contra a maré por duas vezes, seguindo-se os desperdícios de Obah - as transições rápidas continuaram a ser arma - e Vivaldo Semedo. Na reta final, José Bica e Régis Ndo - à beira de um golo soberbo que só a trave parou - ficaram perto de silenciar o anfiteatro vizelense, mas a divisão confirmou-se para agrado de uns e desagrado de outros.