O campeonato português de basquetebol passou por uma restruturação recente com o fim (compreensível) da segunda fase do campeonato, em 2022. Apesar de a Seleção Nacional estar a ter melhores desempenhos e a mostrar maior potencial e as equipas portuguesas estar mais competitivas nas competições europeias, ainda falta um longo caminho a percorrer.
A condensação do calendário com jogos quase consecutivos prejudica o descanso e acentua as discrepâncias entre as equipas candidatas ao título e as outras, fruto da limitação do número de opções de qualidades destas últimas.
Por outro lado, falta uma competição intermédia entre o final da formação e o início dos seniores, onde haja uma transição adequada do jovem sénior para a sua afirmação entre os “crescidos”. A existência de equipas B e satélites nos escalões inferiores não substitui a necessidade da criação de competição na faixa etária de transição entre júnior e sénior.
Por último, é preciso acrescentar que o aumento do limite de estrangeiros tem obviamente um efeito positivo, em termos de qualidade para o campeonato. Contudo, é preciso garantir que as equipas estejam a formar e que tenham a preocupação de integrar nos jovens na sua equipa principal.
Só assim o basquetebol nacional avançará para um patamar superior.