Com o início de 2025, Corey LaJoie encontra-se numa posição precária. A sua estadia de quatro anos na Spire Motorsports chegou ao fim, deixando o piloto de 34 anos sem um lugar confirmado. Embora o legado da sua família no automobilismo seja imponente, a carreira de LaJoie tem sido uma mistura de promessas, subdesempenho e controvérsia, levantando questões sobre se ele é uma vítima de má sorte ou simplesmente não tem o que é necessário ao mais alto nível da NASCAR.
Um Começo Promissor
A linhagem de corridas de LaJoie é inegável. Nascido na dinastia de corridas LaJoie em Concord, Carolina do Norte, cresceu sob a orientação do seu avô Don, membro do New England Auto Racing Hall of Fame, e do seu pai Randy, campeão da NASCAR Busch Series por duas vezes. O sucesso inicial de Corey no karting, Bandoleros e corridas ARCA parecia posicioná-lo como o próximo a levar a tocha da família.
O seu caminho para a NASCAR Cup Series, no entanto, foi manchado por desafios. Após uma estreia sem destaque em 2014, ele passou por equipas como a BK Racing, TriStar Motorsports e Go Fas Racing. O grande momento de LaJoie surgiu em 2021, quando se juntou à Spire Motorsports, uma equipa pequena mas ambiciosa, ansiosa por deixar a sua marca na divisão principal da NASCAR.
O Capítulo da Spire Motorsports
A passagem de LaJoie pela Spire teve os seus momentos de promessa. Ele registou três top-fives e seis top-tens, com os melhores quartos lugares da sua carreira em pistas de alto perfil como Atlanta, Talladega e Daytona. Mais importante ainda, ajudou a estabilizar e a fazer crescer uma equipa em fase inicial, desempenhando um papel fundamental na sua expansão para três entradas a tempo inteiro e na aquisição dos ativos da Kyle Busch Motorsports na Truck Series.
Contudo, à medida que a Spire ascendia, o desempenho de LaJoie estagnou. Em 2024, ele conseguiu apenas três top-tens e um top-five—números que empalideceram em comparação com o colega de equipa novato Carson Hocevar, que contabilizou sete top-tens e um top-five. As críticas de colegas como Denny Hamlin e Ryan Preece agravaram os seus problemas, pintando o retrato de um piloto que, embora talentoso, lutava com a consistência e a disciplina.
As Consequências e Perspectivas Futuras
O culminar destas dificuldades ocorreu em agosto de 2024, quando a Spire anunciou que se separaria de LaJoie. A meio da temporada, ele trocou de lugar com Justin Haley, assumindo o volante do Ford nº 51 da Rick Ware Racing. Embora a estreia de LaJoie no carro da RWR tenha incluído um respeitável 15º lugar no Kansas e um 14º em Las Vegas, as frequentes penalizações em inspecções e cinco DNFs mancharam o seu desempenho geral.
Apesar destes contratempos, há uma luz de esperança para LaJoie. A Rick Ware Racing está a investir fortemente no seu programa, formando uma aliança técnica com a RFK Racing e reforçando a sua equipa. O histórico de LaJoie em ajudar equipas menores a crescer pode torná-lo um ativo—se conseguir afastar as controvérsias e apresentar resultados consistentes.
Um Ponto de Viragem
A jornada de Corey LaJoie reflete as complexidades de triunfar na NASCAR. O seu talento bruto e o legado familiar são inegáveis, mas os obstáculos—alguns auto-infligidos—mantiveram-no afastado do seu pleno potencial.
Enquanto a comunidade da NASCAR observa o seu próximo movimento, a questão permanece: Conseguirá Corey LaJoie reinventar-se e prosperar, ou o desporto já seguiu em frente? Com equipas como a RWR ainda a avaliar as suas opções, 2025 poderá muito bem ser o ano que definirá o futuro de LaJoie na NASCAR—ou marcará o fim da estrada.