Muitas razões para sorrir entre a comitiva verde e branca presente na Islândia. Diante de um dos mais tradicionais emblemas do futebol feminino - o Breidablik -, o conjunto orientado por Mariana Cabral protagonizou uma forte entrada e carimbou o acesso à 2ª eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, ao vencer por 0-2.

Coletivamente mais maduras que a formação caseira, as vice-campeãs nacionais superiorizaram-se ao ritmo da qualidade de Cláudia Neto, Brittany Raphino e, sobretudo, Telma Encarnação, dona de um arranque de temporada impactante na formação de Alvalade.

Cientes da cartada jogada em solo islandês, não tardou até que as leoas fossem proativas em impor as suas tendências. Com boa circulação entre setores, depressa o golo chegou pelos pés de Telma Encarnação.

E tudo Telma definiu...

Mortífera a definir timings de passe, Cláudia Neto beneficiou do espaço concedido pelo Breidablik e encontrou a avançado portuguesa na zona de penálti. Sem pestanejar, Encarnação atirou rasteiro, adiantou as verde e brancas e estreou-se a marcar nas provas europeias.

Com pergaminhos na Liga dos Campeões, rapidamente as islandesas foram à procura de reagir. O esforço para incomodar Hannah Seabert foi notório, mas as bolas paradas foram o único argumento encontrado. Algo que, com o avançar dos minutos, permitiu ao Sporting domar o jogo a seu favor.

Até ao intervalo, o desafio disputou-se mais perto da baliza de Telma Ívarsdóttir, guardiã que impediu o crescimento do resultado. Brittany Raphino foi um perigo à solta, mas não apresentou a perícia desejada na hora H, ao passo que Albertsdóttir protagonizou a primeira e única ocasião das anfitriãs.

No reatar, Vigdís Kristjánsdóttir ameaçou o empate num lance tão confuso como perigoso para Hannah Seabert e, apesar da vantagem mínima não conferir conforto, sentia-se que o filme estava à mercê da competência portuguesa. Algo que se confirmou com o avançar do relógio.

Samantha Smith ainda voltou a ameaçar, até que Telma Encarnação arrumou a questão. Solicitada na profundidade pelo passe magistral de Ana Borges, a classe e frieza da ex-Marítimo sobressaiu, carimbando a passagem verde e branca sem direito a sobressaltos de última hora na reta final do despique.