*com Vítor Hugo Monteiro
Quem imaginava um início destes por parte do FC Penafiel? Seis jogos - quatro vitórias: belo registo. A vítima, desta feita, foi o Portimonense (0-2), que pode ser visto como o absoluto antónimo dos adversários deste sábado. Esperava-se bem mais dos alvinegros, que ocupam, atualmente, o 12º lugar. Os penafidelenses são líderes desta Liga Portugal 2 Meu Super.
Com a confiança natural de quem vive uma excelente fase, os visitantes entraram, quase sem querer, a marcar. Robinho esticou para Miguel Maga que estava adiantado pela direita, o mesmo cruzou para a área e Nuno Campos, de forma absolutamente caricata, colocou a bola na própria baliza.
Apresentando-se num 4-4-2, a turma duriense teve André Silva e Gabriel, homens mais adiantados, a fechar a ligação defesa-ataque do Portimonense. Isto fez com que a equipa da casa tivesse dificuldade em desmontar a organização defensiva contrária, anulando, assim, possibilidades de fazer golo.
Paulo Vítor, que tentou, por várias vezes, explorar o flanco direito do FC Penafiel, foi um dos atletas que conseguiu agitar as hostes contrárias. Muito recurso à solução individual por parte da equipa de Ricardo Pessoa, demonstrando, claramente, algum nervosismo e agitação. Ainda assim, ponto positivo para a reação operada.
A, até então, invencibilidade dos nortenhos neste início de II Liga, ofereceu bastante tranquilidade à equipa, que soube gerir bem os momentos do jogo. Poucos calafrios, quando foi preciso, Manuel Baldé esteve em bom plano e uma vantagem no bolso em tempo de intervalo.
Substituições para que te quero...
O intervalo trouxe um Portimonense proativo, com mais energia e um plus no esclarecimento na hora de definir. Este levantar de cabeça adversário, obrigou Hélder Cristóvão, treinador forasteiro, a operar três substituições. Desfez o 4-4-2, optando por resguardar a equipa com um pivot.
Há coisa que um técnico goste mais do que efetuar alterações e ter efeitos práticos? Hélder Cristóvão, com certeza, não diria que não. Pouco após as mudanças estruturais, o FC Penafiel voltou a ficar por cima dos algarvios e voltou a marcar. Nuno Campos, numa tarde muito desinspirada, derrubou João Silva e concedeu pénalti. Robinho, na cobrança, não perdoou e colocou a equipa num lugar mais confortável.
A turma de Portimão, na procura incessante por um resultado melhor, voltou a usar muito coração e pouca cabeça. Além disto, muita picardia entre os jogadores das duas formações, resultado em algumas admoestações desnecessárias (mas bem ajuizadas por António Nobre, árbitro da partida.)
Os problemas de comportamento persistiam e o árbitro acabou mesmo por expulsar Sodiq Fatai com um vermelho direto. O extremo agrediu Chico Banza e foi tomar banho mais cedo, deixando a equipa reduzida nos últimos minutos da partida.
Nem por isso o FC Penafiel tremeu e acabou mesmo por guardar o triunfo a sete chaves. Invencibilidade à sexta jornada e excelentes indicadores para o futuro. Quanto ao Portimonense, Ricardo Pessoa terá pela frente um complicado desafio. É preciso muito mais.