Não haverá nada melhor do que curar uma desilusão num dérbi, com uma vitória noutro dérbi. Foi isso que aconteceu ao Vitória SC que, depois de ter caído no dérbi contra o Sp. Braga, voltou às vitórias (1-0) no também dérbi, contra o Moreirense. Além do triunfo, a equipa de Rui Borges terminou uma série de quatro jogos sem vencer na Liga. Por seu lado, o Moreirense terá ficado com a sensação que podia ter tirado mais do jogo, mas faltaram argumentos ofensivos.

Faltou ritmo

@Catarina Morais / Kapta +
Apesar de o Vitória SC ter entrado com uma oportunidade de golo (Marcelo limpou um cabeceamento de Nélson Oliveira), cedo se percebeu que não havia haver patrão na primeira parte. Ainda que nivelado por baixo, o jogo foi de parada e resposta, faltando depois a definição.

Os dois conjuntos pressionavam a saída de bola da mesma forma e eram batidas da mesma forma, com uma condução mais longa de um dos médios e estavam as equipas desequilibradas. O problema era quando o momento requeria arte que não estava presente. Houve remates, alguns lances que podiam ser perigosos, mas, lá está, não houve arte.

Os adeptos e o treinador do Vitória exigiam mais ritmo aos jogadores e foi quando isso apareceu que os primeiros 45 minutos animaram. Aliás, se forem ignorados os primeiros 35 minutos, até se pode dizer que a primeira parte foi boa, mas não é assim que funciona.

Um novo VSC

@Catarina Morais / Kapta +
Se na primeira parte não houve um patrão, isso mudou logo no arranque do segundo tempo. Os comandados de Rui Borges entraram com o ritmo que faltou e, especialmente quando adiantavam um dos médios do duplo pivot (Tiago Silva e Händel), conseguiam encostar atrás o Moreirense. Logos primeiros minutos isso trouxe duas oportunidades, sendo que, numa delas, Kevin teve de se aplicar para negar o golo a Nuno Santos.

Portanto, mais ritmo, mais perigo e mais Vitória, ninguém terá ficado surpreendido quando, aos 64 minutos, nelson Oliveira aproveitou uma sobra na área, após um livre lateral, e fez o primeiro golo do jogo.

A reação do Moreirense foi inexistente. Entre perdas de bola, substituições e definições sem nexo, a equipa de César Peixoto só conseguiu sonhar com os pontos no «pontapé para a frente» e isso nem sempre chega. Por seu lado, o Vitória SC terá de perceber porque é que está com tantas dificuldades em fechar jogos, o que depois os coloca a sofrer.