Apesar dos bons resultados em anos recentes, a edição de 2024/25 da Liga dos Campeões Feminina não contará com a presença do Benfica, que viu as suas chances de qualificação escapar de forma dramática no quinto minuto de compensação, frente ao Hammarby.
As águias chegaram a este duelo com uma vantagem de um golo, conquistada com uma vitória na Suécia, mas não conseguiram ferir a oposição e, com um golo sofrido em cada parte,registaram o segundo resultado infeliz da nova temporada.
Um para empatar a águia
Há semelhança do que acontecera há uma semana, na primeira mão desta eliminatória, não há elogios para fazer ao arranque de jogo do Benfica. Mesmo em casa, a equipa lusa viu-se intimidada por uma formação adversária que se superiorizou claramente nas bancadas (em cânticos, não em números) e tentou fazê-lo também em campo.
O Hammarby colocou-se em vantagem ao minuto 16 com um golo de Julie Blakstad, no que foi uma cópia perfeita do arranque do jogo anterior. Boa finalização de pé esquerdo a empatar a eliminatória (2-2), depois de um fantástico trabalho individual de Vilde Hasund.
O que contrastou com o jogo da primeira mão foi, no entanto, a falta de reação da formação portuguesa. Se na Suécia testemunhámos uma reviravolta iniciada ainda antes do intervalo, no Seixal vimos um Benfica que por muito pouco não sofreu um segundo golo e ao mesmo tempo mostrou grandes dificuldades na progressão pelo campo.
Outro para matar
A equipa de Filipa Patão fez muitos remates, mas todos eles foram de zonas muito distantes e saíram sem qualquer perigo. A certa altura, ainda antes do intervalo, até essas iniciativas desapareceram por completo, com a frustração do coletivo a tornar-se cada vez mais evidente.
Pior foi o facto da segunda parte não ter trazido qualquer mudança nesse estado do jogo. Durante toda a segunda parte, o futebol foi jogado quase exclusivamente a largas distâncias de ambas as áreas. O Hammarby tentou chegar ao ataque com bola controlada, mas nunca arriscou muito. Já o Benfica, muito errático no meio-campo ofensivo, só se aproximou da baliza em lances de bola parada.
Tudo somado, deu numa segunda parte sem qualquer lance de registo. Tudo apontava para prolongamento, até que aos 90+5, mesmo em cima do apito, Cathinka Tandberg levou os adeptos visitantes à loucura com um desvio que bateu Lena Pauels. Duro golpe para a águia, que esta temporada não viverá voos milionários.