Quarto empate consecutivo para o Gil Vicente na I Liga, terceiro jogo sem derrotas do Casa Pia (1-1). Na deslocação a Barcelos, ainda não foi desta que a formação de Pina Manique levou de vencida a equipa minhota, mas provou que não precisa de muito volume ofensivo para materializar pontos. No jogo do ganso, Cassiano picou o seu X.
Satisfeito com as escolhas depois do empate em Famalicão, Bruno Pinheiro conservou o onze onde se destacou a terceira titularidade consecutiva para Cauê dos Santos e Jesús Castillo. Algo que João Pereira não esteve habilitado a fazer, desde logo, pela indisponibilidade física de Henrique Pereira. Tal como frente ao Moreirense, Nuno Moreira foi chamado à ação para render o ex-Benfica B sobre a esquerda, num ataque que contou com a estreia a titular do reforço, Max Svensson.
Antagonismo selaram divisão
Não se pode dizer que os instantes iniciais tenham sido munidos de grande entusiasmo e agitação. O sossego entre as partes imperou durante pouco mais de cinco minutos, até que, um passe longo de Buatu para a profundidade de Zé Carlos, quase precipitou o inaugurar do ativo. Leonardo Lelo ainda penteou, antes do remate do lateral gilista rasar o poste do surpreso Sequeira.
O momento espevitou o crescimento do Gil Vicente, perante um Casa Pia que, na expetativa, deu o ar da sua graça através de Raul Blanco. Irrequieto, o canhoto espanhol procurou o alvoroço, mas, se à primeira o fora de jogo de Max Svensson lhe traiu as intenções, à segunda, foi a vez do seu descalibrado chapéu evitar o castigo à asneira de Andrew na reposição de bola.
Contudo, este cenário foi uma ilha no filme da primeira etapa. Os sucessivos desdobramentos iniciados em Fujimoto ia desconcertando e amarelando os defesas casapianos e, mesmo sem um mar de ocasiões, o perigo instalou-se junto da baliza forasteira.
Além da envolvência por zonas interiores, Bruno Pinheiro tem propiciado a projeção ofensiva dos laterais e, depois de Zé Carlos, foi a vez de Sandro Cruz confirmar a teoria num cruzamento geométrico para o cabeceamento venenoso de Mboula, que o guardião costa-riquenho dos forasteiros sacudiu.
Cauê dos Santos - incansável a dar-se ao jogo - também espreitou o êxito num roubo de bola em plena área, que só a atenção de Sequeira foi capaz de resolver. Pelo meio, Buatu negou o golo certo a Nuno Moreira num dos poucos momentos de estímulo atacante dos gansos. O momento não abalou o Gil que, liderado pela criatividade de Fujimoto se adiantou. Ao receber em zona frontal à área, o nipónico aplicou a mira ao ângulo e fez pular de alegria as gentes gilistas sobre o apito para o intervalo.
No reatamento, João Pereira não perdeu tempo, lançou Telasco Segovia no lugar de Miguel Sousa na tentativa de mudar o rumo do jogo da equipa. Mais capaz de se chegar ao último terço, o Casa Pia incomodou a baliza de Andrew, ainda que apenas com remates de longa distância. Nuno Moreira testou a atenção de Andrew para, minutos depois, Max Svensson ficar a centímetros de silenciar o Cidade de Barcelos.
Daí em diante, as paragens para assistências médicas foram a «atração» de um despique que perdeu sentido de baliza, até ao minuto 82. Ao proteger a bola de Larrazabal, Sandro Cruz atingiu a face do espanhol e Gustavo Correia entendeu existir motivos para castigo máximo. Na conversão, Cassiano não tremeu e selou a divisão de pontos entre galos e gansos.