Craque argentino revela que recebeu "muitíssimas ofertas" depois do Mundial'2022, quando já tinha decidido regressar ao Benfica
![Di María recorda propostas surreais da Arábia Saudita: «Foram números que jamais tinha visto num papel»](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
Di María concedeu uma entrevista ao site 'Infobae' onde, entre outros assuntos, voltou a falar das propostas astronómicas que recebeu para rumar à Arábia Saudita, por valores que "jamais tinha visto num papel". O craque argentino, que veste a camisola do Benfica, garantiu ainda que nem hesitou em regressar à Luz no verão de 2023 e, quando questionado sobre se seria capaz de disputar mais um Mundial, revelou que o corpo "já custa" em algumas ocasiões.
"[O Benfica] É a minha primeira casa na Europa, o lugar que me abriu as portas pela primeira vez. Vivi aqui com a minha família desde 'pequeno'. Passei três anos incríveis cá e tinha muita vontade de regressar um dia. E assim foi", começou por dizer, antes de falar das ofertas que recebeu depois do Mundial'2022, no Qatar.
"Foram muitíssimas, com números que jamais tinha visto num papel. Mas disse à minha família 'não, vamos para Lisboa, regressar ao Benfica'. A verdade é que chegou uma oferta da Arábia Saudita. Não tenho representante, é um amigo que me ajuda com tudo isso. Chega uma oferta e digo-lhe que não. Volta a chegar outra, pelo dobro dos valores, do mesmo clube. Volto a dizer que não. É aí que o meu amigo me diz 'temos de dizer algo, porque eles nem sabem se queres jogar lá'. E eu respondi 'bem, se nos derem isto, talvez seja capaz de ir'. E deram mesmo... Mas já estava decidido que ia para o Benfica. Isto foi tudo depois do Mundial, quando estava na Juventus. Não tenho vontade de ir para um lugar assim [Arábia Saudita] em final de carreira", explicou.
À boleia do tema do Mundial, Di María foi questionado sobre se conseguiria disputar o de 2026, que se realizará no Canadá, Estados Unidos e México: "Ainda agora tive duas recaídas por causa da uma lesão, que me deixaram quatro ou cinco dias de fora. O corpo já custa. Começo a analisar tudo o que implicava voltar a estar num Mundial e percebo que o melhor seria dar um passo atrás", analisou.
As críticas de que é alvo, assume, são também um motivo de preocupação, não tanto no que diz respeito ao próprio jogador mas sim... à família: "Acho que sofremos mais por aqueles que estão do lado de fora do que por nós. Houve um jogo em que a minha mulher estava com os meus pais ao lado e só ouvia gente a dizer 'este filho da p... não corre, não marca golos, deviam tirá-lo'. A minha mulher via as lágrimas do meu pai e da minha mãe. É preciso ser muito forte. A minha mãe acompanhava-me sempre, às vezes fazia 40 ou 45 minutos de bicicleta à chuva, a subir, a descer... E depois há as minhas filhas, claro. Sempre as tive como pilares".
Por fim, o argentino foi confrontado com as mais recentes declarações de Cristiano Ronaldo, que se intitulou "o melhor da história" do futebol. Apesar de deixar muitos elogios ao capitão da Seleção Nacional, seu antigo companheiro de equipa no Real Madrid, Di María assume que, na sua opinião, Messi está noutro nível. "Não me surpreende [o que disse], estive quatro anos com ele e sempre foi assim. Sempre tentou ser o melhor, mas nasceu numa geração onde há outro que foi 'abençoado'. A realidade está nos números. Um tem oito Bolas de Ouro, o outro tem cinco. Há uma diferença muito grande. Mas o Cristiano sempre foi assim, igual. Para mim, o Leo [Messi] é o melhor do mundo e o melhor da história, sem dúvida alguma", concluiu.
"[O Benfica] É a minha primeira casa na Europa, o lugar que me abriu as portas pela primeira vez. Vivi aqui com a minha família desde 'pequeno'. Passei três anos incríveis cá e tinha muita vontade de regressar um dia. E assim foi", começou por dizer, antes de falar das ofertas que recebeu depois do Mundial'2022, no Qatar.
"Foram muitíssimas, com números que jamais tinha visto num papel. Mas disse à minha família 'não, vamos para Lisboa, regressar ao Benfica'. A verdade é que chegou uma oferta da Arábia Saudita. Não tenho representante, é um amigo que me ajuda com tudo isso. Chega uma oferta e digo-lhe que não. Volta a chegar outra, pelo dobro dos valores, do mesmo clube. Volto a dizer que não. É aí que o meu amigo me diz 'temos de dizer algo, porque eles nem sabem se queres jogar lá'. E eu respondi 'bem, se nos derem isto, talvez seja capaz de ir'. E deram mesmo... Mas já estava decidido que ia para o Benfica. Isto foi tudo depois do Mundial, quando estava na Juventus. Não tenho vontade de ir para um lugar assim [Arábia Saudita] em final de carreira", explicou.
À boleia do tema do Mundial, Di María foi questionado sobre se conseguiria disputar o de 2026, que se realizará no Canadá, Estados Unidos e México: "Ainda agora tive duas recaídas por causa da uma lesão, que me deixaram quatro ou cinco dias de fora. O corpo já custa. Começo a analisar tudo o que implicava voltar a estar num Mundial e percebo que o melhor seria dar um passo atrás", analisou.
As críticas de que é alvo, assume, são também um motivo de preocupação, não tanto no que diz respeito ao próprio jogador mas sim... à família: "Acho que sofremos mais por aqueles que estão do lado de fora do que por nós. Houve um jogo em que a minha mulher estava com os meus pais ao lado e só ouvia gente a dizer 'este filho da p... não corre, não marca golos, deviam tirá-lo'. A minha mulher via as lágrimas do meu pai e da minha mãe. É preciso ser muito forte. A minha mãe acompanhava-me sempre, às vezes fazia 40 ou 45 minutos de bicicleta à chuva, a subir, a descer... E depois há as minhas filhas, claro. Sempre as tive como pilares".
Por fim, o argentino foi confrontado com as mais recentes declarações de Cristiano Ronaldo, que se intitulou "o melhor da história" do futebol. Apesar de deixar muitos elogios ao capitão da Seleção Nacional, seu antigo companheiro de equipa no Real Madrid, Di María assume que, na sua opinião, Messi está noutro nível. "Não me surpreende [o que disse], estive quatro anos com ele e sempre foi assim. Sempre tentou ser o melhor, mas nasceu numa geração onde há outro que foi 'abençoado'. A realidade está nos números. Um tem oito Bolas de Ouro, o outro tem cinco. Há uma diferença muito grande. Mas o Cristiano sempre foi assim, igual. Para mim, o Leo [Messi] é o melhor do mundo e o melhor da história, sem dúvida alguma", concluiu.