Rafael Guanaes está há dois anos no comando técnico do Operário, o que o torna no quinto treinador com mais longevidade no futebol brasileiro, numa lista liderada por Abel Ferreira, que está no Palmeiras há mais de quatro anos, desde outubro de 2020.

O jovem técnico de 43 anos chegou ao cargo a novembro de 2022, levando a equipa de regresso à Serie B no seu primeiro ano, sendo que neste está atualmente na primeira metade da tabela, ainda na improvável luta pela promoção. No entanto, apesar do sonho de subir ao Brasileirão quase não ser possível, cumpriu o seu objetivo de fazer 45 pontos na liga, imposto no início da temporada, tendo 50 na liga, a quatro jornadas do fim.

Em entrevista ao Globo Esporte, o brasileiro revelou que a sua ideia, desde criança, era investir na área de engenharia civil, mas que o gosto por Football Manager o inspirou a levar a sua carreira para o futebol. «Eu sempre gostei muito dos videojogos de futebol, Football Manager, Championship Manager, Elifoot. Eu perdia noites de sono naquilo e mexia em tudo o que era tática. Eu era adolescente, sempre me envolvi muito com isso, gostava muito, mas em nenhum momento pensei ‘eu quero ser treinador’», começou por dizer, explicando, de seguida, que foi na faculdade que mudou de opinião, durante a qual fez um estágio.

«Eu fazia uma função no Joseense, que disputou uma taça de São Paulo e a quarta divisão do estado de São Paulo. Quando chegou o final da temporada e já não tinha mais oportunidade de nos apurarmos, eu disse que queria tentar ver como era esta carreira. Já estava com algumas ideias e a partir dali eu comecei a preparar-me para me formar como treinador», explicou, afirmando que isso começou a realizar-se em 2011, tendo chegado a ser adjunto no Cruzeiro, por três meses, no início de 2022.

Por fim, o próprio revelou que vê em Abel Ferreira uma referência para a sua carreira, entre outros: «Gosto muito da forma como Abel Ferreira monta as suas equipas, em relação aos aspetos estratégicos. Sempre gostei muito de ver as equipas do Guardiola, acredito que Tite é um grande gestor, vejo a carreira do Fernando Diniz e a relação dele com os jogadores é muito bonita… o tipo de liderança de Ancelotti também me inspira. São vários líderes que procuro e que me ajudam a agregar conhecimento», finalizou.