
Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, discursou esta segunda-feira na cerimónia dos 110 anos da FPF.
Realizou-se esta segunda-feira a gala dos 110 anos da Federação Portuguesa de Futebol na nova FPF Arena Portugal e o presidente Fernando Gomes, que está em fim de mandato e de saída do cargo, fez um discurso, onde destacou duas palavras «orgulho e gratidão». Podes ver AQUI vários elogios de Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, a Fernando Gomes.
«Temos treinadores que inspiram, jogadores que nos fazem vibrar e clubes bem estruturados. A FPF possui uma estrutura sólida, fundada em equipamentos modernos, cultura de excelência e colaboradores de que muito nos orgulhamos. Por isso, estou seguro de que o futebol vai continuar a ser digno dos portugueses», reforçou.
Eis o discurso de Fernando Gomes na íntegra:
Esta noite, reunidos nesta Arena, celebramos não apenas o passado, mas também o presente e o futuro do futebol em Portugal. Foi isso que fizemos ao longo de um ano com as mais diversas iniciativas, sobre a mesma ideia: o futebol, como o desporto, deve ser para todos.
No encerramento das comemorações do 110º aniversário da Federação Portuguesa de Futebol, reunidos nesta noite tão especial, permitam-me que utilize sobretudo duas palavras: orgulho e gratidão. Orgulho na história incrível da nossa federação, pilar fundamental da identidade nacional.
Orgulho nos nossos pioneiros, que abriram caminho. Orgulho nas primeiras participações em grandes competições: o Mundial de 66, que ainda está vivo nas memórias de muitos, e o Euro 84, que nos mostrou que éramos capazes de sonhar grande.
Orgulho na construção das nossas competições. Orgulho na presença sucessiva em fases finais e nos títulos conquistados em futebol, futsal e futebol de praia.
Orgulho na primeira seleção feminina, no desenvolvimento que é também uma afirmação da mulher e nos apuramentos para um Mundial e três fases finais do campeonato da Europa.
Orgulho nos nossos jogadores e treinadores, tantas vezes reconhecidos como os melhores do mundo. Orgulho na nossa capacidade de organizar grandes eventos como, aliás, foi recentemente reconhecido com a atribuição do Mundial 2030 com a melhor nota de sempre na avaliação de candidaturas.
Orgulho no pioneirismo do Canal 11, na Cidade do Futebol que construímos com o auxílio de FIFA e UEFA, nas academias das associações e na mentalidade vencedora que cultivámos. Orgulho ainda, por fim, na presença social constante da FPF e de tantas entidades que conseguimos inspirar. Iniciámos este jantar revivendo momentos que definiram a nossa história.
E, para todos os meus amigos das federações internacionais, da UEFA e da FIFA, e para todos os portugueses aqui presentes – jogadores, treinadores, dirigentes – é fácil compreender o orgulho que sinto por ter tido a oportunidade de presidir à FPF durante 13 anos. Esta não é uma noite para muitas palavras, mas prometi que também sublinharia a gratidão que invade o meu coração.
Quero agradecer a cada atleta que vestiu a nossa camisola, a todos os treinadores e staff que dedicaram o seu trabalho à causa do futebol. Agradeço aos clubes, às associações, aos sócios de classe e a todos os colaboradores da FPF. Agradeço também aos meus colegas na UEFA e na FIFA e ao Estado, desde os governos até às autarquias, com quem tem sido um prazer trabalhar. Uma palavra especial aos parceiros da FPF, cuja confiança e apoio têm sido fundamentais para o nosso crescimento.
Acreditem que foi entusiasmante caminhar ao vosso lado e assistir à afirmação comum das nossas marcas. Agradeço também à Comunicação Social, que desempenhou um papel fundamental na história da Federação e no desenvolvimento do futebol, tornando-o uma atividade de milhões. Agradeço cada momento de emoção que me foi permitido viver.
Por último, uma menção especial a uma pessoa que admiro profundamente, tanto pela sua amizade quanto pela sua competência, o Aleksander Ceferin. A sua liderança na UEFA tem sido um farol para todos nós. Muito, muito obrigado Aleksander. Ao longo destes anos, muitas vezes tenho referido que a gratidão é a memória do coração.
Hoje, mais do que em qualquer outro momento ou contexto, o afirmo com toda a emoção. Termino com uma convicção.
Temos treinadores que inspiram, jogadores que nos fazem vibrar e clubes bem estruturados. A FPF possui uma estrutura sólida, fundada em equipamentos modernos, cultura de excelência e colaboradores de que muito nos orgulhamos. Por isso, estou seguro de que o futebol vai continuar a ser digno dos portugueses.
É essa a minha mais profunda convicção. Viva o futuro! Viva o Futebol! Viva o Desporto para Todos! Viva Portugal!
