Há seis anos, Bélgica e França encontraram-se nas meias-finais do Mundial 2018, que os gauleses viriam a ganhar. Esse encontro, que terminou com 1-0 para os franceses, foi o primeiro de quatro desafios consecutivos que os belgas perderam contra o país vizinho.
Seis anos volvidos, nenhum dos jogadores que começou essa meia-final faz parte das convocatórias para o embate desta segunda-feira na Liga das Nações. Alguns já terminaram a carreira, como Hazard ou Varane, outros, como Giroud ou Griezmann, reformaram-se da seleção, todos estes para lá das naturais quebras de rendimento que tiram muitos atletas das chamadas dos selecionadores. Há, contudo, uma outra nuance nestas ausências: estrelas como Kylian Mbappé, Kevin De Bruyne ou Romelu Lukaku não vão jogar porque... não querem. Muito se tem falado das autoexclusões dos jogadores que, por questões de gestão física, escolhem não fazer parte de convocatórias.
Para Tedesco, isso não conta. «Não interessa se o Mbappé não está. Precisamos de um dia fantástico para batermos a França», disse o italiano, que quer uma «equipa corajosa» frente aos vice-campeões do Mundo. «Não vamos ter muitas oportunidades, temos de marcar as oportunidades que criarmos e vamos ter de saber defender na nossa área», previu o técnico dos Diabos Vermelhos. «É uma oportunidade para fazermos história», completou o técnico. Isto porque, se a Bélgica venceu a França pela última vez em 2015, o último triunfo em jogos de carácter oficial foi na qualificação para o Campeonato do Mundo... em 1981.
Se, para Tedesco, a ausência de Mbappé não faz a diferença, Tchouaméni não diz o mesmo sobre o capitão adversário: «Claro que vai ser diferente sem De Bruyne. É um dos melhores da história da Bélgica. Se não está, vai ser, naturalmente, diferente», explicou o médio do Real Madrid. Já Didier Deschamps voltou a mostrar-se incomodado com questões sobre o avançado que, enquanto les bleus jogavam frente a Israel, foi apanhado numa discoteca na Suécia. «Mbappé está de folga, pode fazer o que quiser! O problema é que a vida dele não é privada», desabafou.
Um jogo contra um rival numa competição que Deschamps quer ganhar: «Estamos sempre no mais alto nível, é uma competição, não vou dizer que não quer ganhar. A partir dos quartos de final é quando começa a ficar interessante.»