O Torreense deu continuação à senda positiva, esta sexta-feira, levando a melhor sobre o Portimonense (3-2), num jogo impróprio para cardíacos. Um tiro certeira no último suspiro do duelo ditou o rumo dos acontecimentos.

Ambas as formações entraram em campo no habitual 3-5-2. Se no lado dos forasteiros, Chico Banza e Elijah Benedict foram os elementos selecionados para liderar a frente de ataque, no outro canto da sala, a escolha recaiu em Vando Félix e Manuel Pozo. O dedo de Tiago Fernandes mostrou-se mais apurado na aposta dos atacantes.

O camisola '21' dos SCUT esteve ligado à corrente, apostando, em múltiplas ocasiões, no um-para-um. A sua imprevisibilidade com a bola controlada causou vários transtornos à defensiva contrária, que viu de perto a finalização certeira do guineense. Um momento de pura inspiração do ex-Sporting B.

Aos 22', David Costa, num lance de insistência, recuperou o esférico e prontamente descobriu Dani Bolt, de calcanhar. O lateral, com um cruzamento preciso, encontrou Vando Félix, que de forma pouco ortodoxa enviou a bola para o fundo das redes. Todavia, a segunda parte trouxe uma versão bem mais destemida da formação algarvia.

Emoção até ao último suspiro

Como tal, os alvinegros foram recompensados com a cambalhota no marcador. Numa primeira instância, Paulo Vitor, aos 51', encheu o pé na entrada da área, após encontrar uma ligeira brecha. Lucas Paes bem que se esticou, mas não conseguiu alcançar a bola. Numa tarde de golaços, o melhor estava reservado para os 68'.

Na sequência de um canto cobrado por Nuno Campos, Chico Banza apareceu ao primeiro poste. O internacional angolano, de forma surpreendente, conseguiu arranjar forma de premir o gatilho de costa para a baliza adversária. Apesar do ângulo apertado, a trajetória da tentativa foi perfeita, levando aos enormes festejos dos visitantes.

Todavia, a equipa da casa, movida pelos seus adeptos, não atirou a toalha ao chão e foi atrás dos pontos, contando com a ajuda de Alemão. O central entrou aos 74', mas foi expulso aos... 76', depois de impedir a finalização de Paraízo com um carrinho imprudente. O mesmo Paraízo, que havia entrado aos 73', fez o golo da igualdade, servido de forma magistral por Balanta Jr.

A partida tinha reservado para si mais uma incidência. Filipe Relvas, na sequência de um canto, tocou com a mão no esférico, dentro da área. Aos 90 + 15', Tobias Thomsen, na marca dos onze metros, não facilitou e ditou o resultado final. Vitória suada!