Stuart Baxter entrou com o pé direito como treinador do Boavista e renovou a esperança dos axadrezados na luta pela permanência na Liga, com um triunfo importante em Faro, diante de um adversário direto. Um triunfo que permitiu à pantera largar a última posição para os algarvios – em igualdade pontual, mas com vantagem no confronto direto – e que dá nova alma para encarar os quatro jogos que restam do campeonato. Os algarvios falharam mais uma vez em casa, onde não vencem desde 29 de novembro, quando derrotaram (1-0) o Estrela da Amadora.

O Farense entrou disposto a capitalizar o triunfo na ronda anterior na Amadora e marcou o ritmo dos primeiros minutos, procurando jogar a toda a largura do terreno e teve a primeira aproximação perigosa à baliza boavisteira por Rui Costa (6’) que não conseguiu emendar – atirou por cima – um cruzamento de Tomané.

Em 4x4x2, tal como os algarvios, Stuart Baxter, privilegiou uma progressão segura, de pé para pé, e aos poucos os boavisteiros foram sustendo o ímpeto local. Mas, tal como os leões de Faro, a pantera também foi inofensiva no ataque. Aos 2’, Reisinho teve oportunidade na cabeça e a maior vibração dos seus adeptos aconteceu num tiro de Joel Silva (40’) de fora da área, que desviou em Tomás Ribeiro, com Kaique a confirmar os reflexos apurados da sua primeira aparição, na 29.ª jornada frente ao Estrela, e a desviar com grande estilo para canto.

O medo de errar tolheu as duas equipas após o descanso e a baliza ficou (ainda) mais distante e com perda de bolas fáceis nos dois lados. E, como se previa, um deslize seria meio caminho andado para se chegar ao golo e foi isso que sucedeu num lançamento de linha lateral executado por Abascal, que apanhou Joel Silva solto na área após um desvio de Tomané, para finalizar com um remate cruzado, com a bola a bater à frente de Kaique, que ainda se esticou mas não a conseguiu deter.

A reação do Farense foi imediata, mas bateu nos ferros num livre de Marco Matias. Tozé Marreco arriscou tudo, retirou Tomás Ribeiro (central) e Ângelo Neto (médio) e apostou nos avançados Bermejo e Poveda. No entanto, houve muita ansiedade e só nos descontos é que a baliza dos axadrezados foi ameaçada, num livre frontal de Rony Lopes, com Vaclik a desviar para canto e a segurar os preciosos três pontos para o Boavista.