Petit é um homem da casa. Antes de começar o jogo no Bessa os adeptos cumprimentara,-no. Não os esquecem. É como um filho da casa. Mas ontem estava do outro lado e a comandar uma equipa com garra, Que soube ganhar cedo vantagem e depois agarrar-se ao resultado com mestria. Outra agressividade, nova mentalidade e três pontos importantes para o Rio Ave frente a um Boavista que desperdiçou muito.

Não poderia ter começado melhor o jogo para o Rio Ave. Trabalho de autor: Clayton fez tudo sozinho e ainda de muito longe rematou colocado para o primeiro golo do jogo. Petit a ser feliz na casa onde travou muitas batalhas e foi campeão.

Até aos 20 minutos mandou no jogo o Rio Ave. Resultava em pleno a estratégia de Petit, que não deixava o Boavista sair para o ataque e conseguia fazer a bola chegar a Clayton.

A partir daí apareceu Bozenik. A ausência de golos traz uma quebra de confiança evidente, mas o avançado fez um, dois três remates. A bola não queria entrar, mas o jogo mudava.

E se Bozenik ganhava preponderância pela quantidade de remates que ia fazendo, Reisinho foi quem mais cresceu nesse fase e com Reisinho cresceu o Boavista. A qualidade de passe provocou muito problemas à defesa do Rio Ave e aos 38 minutos ainda esteve perto do golo com remate de longe.

Entre os 65 e os 68 minutos quatro defesas fantásticas de Miszta a evitar o golo do empate. O futebol tem destas coisas, resistiu o Rio Ave e aos poucos foi subindo no terreno, muito por culpa da boa entrada de Fábio Ronaldo.

Mas o herói viria a ser Aguilera, que mal entrou, roçou na bola e foi para marcar o segundo golo, mas manda a verdade dizer que na construção do lance tem Fábio Ronaldo muito mérito.

Após o golo, cenas feias, duas expulsões, mas já não havia muito a fazer para o Boavista, que não teve eficácia nos melhores momentos e pagou caro por isso. Já o Rio Ave volta a ganhar fora 23 jogos depois. Estreia prometedora de Petit.