O novo Estádio do Famalicão está cada vez mais perto de tornar-se uma realidade. Tudo porque, na manhã desta sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão apresentou as ideias para a referida obra, numa altura em que anunciou também a data para a abertura do concurso público internacional tendo em vista as apresentações do projeto: 6 de março.

Na ocasião, Mário Passos referiu que a obra deverá ser orçada em cerca de 24 milhões de euros e cuja construção poderá demorar cerca de três anos. «São apenas estimativas que estarão dependentes do projeto escolhido», salientou.

«Estamos à espera que haja promotores interessados neste terreno. É uma obra viável. Depois disso, haverá a perspetiva de um contrato de conceção. A garantia é de que estamos confiantes e positivos», anunciou o chefe do executivo municipal.

Recorde-se, a propósito, que foram também definidas as obrigações para os projetos que vierem a ser apresentados e que passam, entre outras, por um espaço mínimo de 20 mil metros quadrados reservados ao estádio – com balneários, áreas complementares e próprias para a comunicação social, terreno de jogo e bancadas cobertas, compostas por 10 mil lugares sentados -, assim como 2.400 metros quadrados de área multifuncional, onde poderá constar, por exemplo, um pavilhão multiusos, uma área de estacionamento a rondar os 7 mil metros quadrados, bem como uma zona destinada ao comércio.

Miguel Ribeiro antevê página de história

Também Miguel Ribeiro está crente no desenvolvimento do projeto. O presidente da SAD do Famalicão não tem dúvidas de que a construção do novo estádio vai ser uma alavanca muito importante para o clube, mas também para a região.

«É com entusiasmo que vejo luz ao fundo do túnel. É um projeto verdadeiramente importante para o Famalicão. Trata-se de um equipamento que pode criar uma nova centralidade. Hoje, se formos ao Estádio do Dragão, percebemos que é uma nova centralidade do Porto ou a zona da Alvaláxia em torno de Alvalade é uma zona central de Lisboa. Estou convencido do sucesso e podemos ficar na história. Acredito que este entusiasmo esteja replicado em qualquer investidor. Famalicão é um concelho em crescimento, uma referência, porque torna-se cada vez mais importante, mas parece-me que há uma ausência de espaços comerciais, de hotelaria e hospitais privados que podem caber dentro destes metros», notou.

Ainda na opinião do dirigente máximo do emblema de Vila Nova, o novo estádio vai permitir o acentuar de um crescimento que, na sua ótica, já é evidente e que poderá, num futuro próximo, catapultar o Famalicão para a alta roda europeia: «O clube está pujante e vive o que nunca viveu. O Famalicão projeta os jogadores e a marca. Chegar a uma prova europeia antes da construção do novo estádio? Não tenho dúvidas de que o nosso futuro será melhor do que o nosso presente. Olhando a um plano médio dos últimos anos, o Famalicão é o sexto classificado português. É um facto, não é uma opinião. O Famalicão é um clube que está às portas da Europa. Lotação do estádio? Sempre disse que o grande desafio é permitir jogar em casa. Queremos que o estádio se mantenha pintado de azul e branco. Temos jogos em que as assistências crescem, mas temos sempre uma assistência local e nossa.»