
A derrota no Dragão não só pôs fim à invencibilidade do FC Porto em jogos da Liga no seu estádio, como também retirou ao clube o estatuto de melhor defesa do campeonato. Com os quatro golos sofridos frente ao Benfica, o setor defensivo portista caiu para a quarta posição na classificação das melhores defesas, ficando atrás de Benfica (23 golos sofridos), Sporting e SC Braga (24 golos).
Os impactos deste resultado continuam por avaliar, mas já há consequências imediatas. Nehuén Pérez, peça fundamental na defesa portista, estará ausente no próximo jogo contra o Casa Pia devido ao nono cartão amarelo acumulado, que resulta numa suspensão automática. Pérez tem sido um jogador intocável sob o comando de Anselmi, apesar de no duelo com o Benfica ter sido ultrapassado por Pavlidis no segundo dos três golos do avançado grego no clássico.
A realidade é que Nehuén Pérez atingiu o nono amarelo que o atira para a bancada num piscar de olhos: na jornada 23 da Liga, quando o FC Porto recebeu e empatou com o Vitória em casa, o defesa estava suspenso com cinco amarelos. Nos cinco jogos em que atuou, só não viu amarelo contra o Aves SAD, pisando a linha frente ao Arouca, SC Braga, Estoril e Benfica. Ou seja, bastaram cinco jornadas para o atleta voltar para a bancada por motivos de ordem disciplinar.
No final da época, Pérez passará a ser ativo do FC Porto. A Udinese, que o cedeu aos azuis e brancos, detém uma opção de venda de 90 por cento do passe do central por €13,2 milhões, enquanto o FC Porto possui a opção de compra pelo mesmo valor. Uma dessas cláusulas vai ser acionada, como A BOLA adiantou. O empréstimo custou ao FC Porto €4,08 milhões, o que significa que, no final do processo, o jogador será adquirido por um total de €17,28 milhões.
Voltando aos amarelos, será este um padrão na carreira de Nehuén Pérez? Na época anterior, em 36 jogos pela Udinese, viu nove cartões amarelos, dois deles no mesmo jogo, contra a Lazio, que resultou em expulsão. Em 2022/23, um vermelho direto e nove amarelos em 36 jogos e na temporada de estreia em Itália, sete amarelos em 23 encontros. Quando chegou a Portugal pela porta do Famalicão, o central viu seis amarelos e um vermelho. Noutra das Ligas onde passou, a espanhola, oito amarelos em 26 aparições pelo Granada, onde não era titular indiscutível.
Esta época é, de longe, aquela em que viu mais cartões amarelos, mas convém lembrar que na Udinese não jogou competições europeias. Se, depois do Casa Pia, não se cruzar com o vermelho ou chegar aos 12 amarelos que lhe valerão a terceira suspensão, Nehuén terá mais cinco jogos na Liga. Cinco oportunidades para acabar o campeonato a jogar...